A nossa grande família é grande mesmo, e tenham todos certeza disto! Em 19 de Fevereiro de 1919 o tio Frank Sherman Land conhece o jovem Louis Gordon Lower, juntamente com os demais fundadores, decidindo por fundar uma espécie de clube; em 24 de Março o grupo tem sua primeira reunião e escolhe o nome de “Conselho DeMolay”. Ainda no mesmo ano o nome muda para o atual, “Ordem DeMolay”. No ano seguinte surge o segundo capítulo, em Omaha, estado de Nebraska. Em 1921 surge a primeira reunião de coordenação da Ordem DeMolay, através de um orgão então conhecido como “Grande Conselho da Ordem DeMolay”, e que passa a chamar-se International Supreme Council pouco tempo depois. No mesmo ano de 1921 a Ordem DeMolay é oficialmente apadrinhada pela Maçonaria, passando a ser um Patrocínio regular.
Como se pode perceber a Ordem DeMolay tem suas próprias raízes, sua própria história, e uma essência de ser e trabalhar totalmente sua, e é portanto uma instituição Soberana, Autônoma e Independente desde o seu início; surgiu pela reunião de jovens e não de maçons, surgiu pelo carinho, afeto e companheirismo mútuo de cidadãos e não de uma instituição. Nascemos livres, e livremente optamos por nos associarmos com a “Maçonaria”, é então legítimo esclarecer que mantemos em nossas mãos o direito de primogenitura igual ao dos povos de comandar nosso destino. Somos livres para escolher com quem nos associamos, e mesmo com quem não mais nos relacionamos, conforme única e exclusivamente a nossa vontade. Uma instituição que nasce sob esta bandeira de liberdade é rapidamente conduzida a uma grande estrutura, e nós não somos exceção.
Desde o início percebeu-se a necessidade de abrir espaços para abrigar não somente jovens em suas reuniões, mas também todo o entorno, suas famílias, amigos, namoradas e círculos sociais. De mesma forma que fomos melhorando os espaços para os próprios jovens demolays trabalharem; foi desta forma que surgiram as tão estimadas e tão pouco valorizadas “Organizações Filiadas e Paralelas”. Já em 1927 surge a “Order of Chivalry”, hoje já extinta. Era o primeiro embrião da participação de jovens com idade inferior a de ingresso em nossa organização. Podemos dizer que eram a primeira versão dos nossos escudeiros. Pela mesma época aparecem os Clubes de Mães. Oriundos de um profundo afeto e respeito preconizado pelos fundadores com relação a figura materna, objetivam uni-las em nosso convívio e mesmo em algumas de nossas atividades.
Percebendo a grandiosidade do valor da família e o intenso interesse são criados e autorizados os Clubes de Namoradas, Pais e Parentes. Congregando também os demais membros da grande família DeMolay. Com o tempo e a constante confusão entre estes dois órgãos houve a autorização para que as mães também integrassem o segundo grupo, unificando a participação dos familiares. Infelizmente ainda persistem as más interpretações nesta temática. Da necessidade de reconhecer esforços dos mais abnegados surge a Legião de Honra, e com a evidente necessidade de concentrar estes exemplos surgem os Preceptórios da Legião de Honra. Nesta mesma linha de raciocínio e necessidade, pouquíssimo tempo depois surge o grau honorífico de Chevalier, e seus organismos conhecidos como Cortes. O ritual deste grau é o primeiro a ser escrito inteiramente sem a participação do tio Frank Arthur Marshall, e o primeiro a reproduzir na integra um texto da bíblia.
Para reavivar o interesse dos “demolays” mais velhos e propiciar um estudo mais aprofundado estruturam-se os “Priories” aqui batizados de Conventos, organismos dos Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay. Ainda pensando nos “demolays” mais velhos, mas com foco no sênior surge a Associação DeMolay Alumni, que tem em sua estrutura os organismos conhecidos como “Capítulos Alumni”, aqui no Brasil também rebatizados e identificados como Colégios.
A ordem tem ainda a figura dos clubes internos de um capítulo, sendo principalmente dois, o Clube Comunitário, que visa reunir os membros que vivem próximos em uma determinada região e focar seus esforços em benefícios especiais daquela população; e o Clube Escolar, que igualmente reúne os membros que convivem em uma mesma instituição de ensino e os compele a empreender atividades em benefício daquela comunidade. Existe ainda o Clube DeMolay de Divulgação, que pode ser criado para iniciar o processo de captação de membros em uma determinada localidade, ele é patrocinado por um capítulo regular, recebendo uma Carta Constitutiva própria, e podendo inclusive vir a tornar-se um capítulo independente, quando em condições.
E para concluir a lista das principais Organizações Filiadas e Paralelas encontramos a Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda, que reúne crianças de 7 à 12 anos incompletos e reúnem-se nos belíssimos organismos denominados Távolas. Bem, este é em resumo o nosso timão, a nossa Grande Família.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
A GRANDE FAMÍLIA
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terça-feira, 18 de maio de 2010
PENDURICALHOS
Você esta sentado confortavelmente, orando, meditando, contemplando o mundo e a vida. Você esta realizando um dos hábitos mais evoluídos dos homens, e ouve um badalar metálico; se você estiver no campo pode olhar, deve ser uma vaca leiteira passeando com sua sineta no pescoço, mas se você estiver em um dos nossos templos, acredite, provavelmente é algum irmão seu desfilando com um penduricalho no pescoço. Se você olhar bem os dois estarão movendo a boca, a primeira ruminando, o segundo alardeando a todos sobre si. Tristes realidades a parte, vale a pena considerar:
A Ordem DeMolay possui um dos maiores e melhores sistemas de reconhecimento institucional. Possui prêmios, honrarias, medalhas, comendas, pins, colares, certificados e diplomas. Isto foi incentivado desde o início pelo dad Land; ele observou a necessidade de reconhecer os jovens demolays mais dedicados na labuta pela ordem. Assim em uma historinha já conhecida lembrou dos bonés que alguns deles usavam, amarelos com a inscrição “Chevallier”, cuja tradução direta do francês é “Cavaleiro”. Ai surge a maior honra que um demolay ativo pode receber. Para nossa alegria hoje possuímos este célebre artigo ainda amarelinho como os da inspiração de Land. Com o tempo também encontramos um equivalente para o serviço adulto, a nossa agora bem divulgada Legião de Honra, que se subdivide em duas classes, Ativa para os demolay em sua vida como sênior, e Honorária para os maçons envolvidos com a ordem. A Legião de Honra constituí a maior honraria de toda a Ordem DeMolay e não pode ser equiparada.
Mas a organização estruturou melhor essa área e criou diversas outras formas de reconhecimento com diferentes níveis. Surgiram as Barras de Mérito para registrar o envolvimento dos jovens nas diversas área de atividades da Ordem DeMolay, como Jornalismo, Ritual, Esporte, Instalação, Visitação, etc. Este sistema é internamente subdividido em 5 níveis cada qual com uma cor diferente. O mesmo sistema foi aplicado em todas as jurisdições do mundo, afinal este tornou-se o mais utilizado modo de incentivo a aplicação do jovem demolay nas atividades da ordem. Como alguns já sabem o Brasil que esta por aplicar este sistema em breve o fará como único lugar do mundo onde as cores foram abolidas, descaracterizando a mais continuada forma de reconhecimento que possuímos. Ainda assim que sejam bem vindas as barras de mérito!
O Segundo maior modo de reconhecimento é o conhecido pela sigla RD, que significa tão simplesmente REPRESENTANTE DEMOLAY. Sim, exatamente como o nome se refere, trata de fazer de seu portador um representante de todos os princípios e virtudes preconizados pela ordem. Para isto o jovem que se submete a esta avaliação preenche um longo e criterioso formulário que é analisado minunciosamente para verificar a real experimentação de nossos ensinamentos. Outra figura de destaque é a pouco considerada Chave de Zorobabel, instituída para reconhecer a abertura ou reabertura de um organismo da ordem. Deve ser conferida somente a um membro, aquele que foi o principal responsável pela realização; é de certa maneira também um incentivo ao crescimento da organização.
Com finalidade próxima a da Chave de Zorobabel temos as Chaves de Honra, reconhecem o trabalho de crescimento mas no âmbito de membros adquiridos. Azul para cada 10 novos irmãos, Verde para cada 15 novos cavaleiros, Branca e Vermelha para atuações neste sentido dentro do conselho consultivo. Medalha de Apreço pelo serviço relevante de qualquer cidadão membro ou não em benefício da Ordem DeMolay. Certificados de Eficiência de Oficial para todos os cargos da ordem, pela excelência no exercício de suas atribuições. E tantos outros prêmios e honrarias que demonstram a gratidão pelo empenho de nossos construtores.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Estranho??
Você acha que ja viu coisa estranha na ordem? Você acha que tem limite pra insanidade dos jovens demolays? então assista a esse show ....
http://youtube.com/watch?v=jyhleMD6JFk
E acredite, isso pode piorar...
http://youtube.com/watch?v=jyhleMD6JFk
E acredite, isso pode piorar...
ILUSTRE RITO DA CAVALARIA, À MODA BRASILEIRA E COM BATATAS
No Brasil encontramos uma feliz diferença para com a Ordem DeMolay do restante do mundo, trata-se do já conhecido IRCB, Ilustre Rito da Cavalaria Brasileira. Isto é na verdade a Ordem da Cavalaria estruturada de forma mais ampla tanto em graus, quando em temáticas abordadas e o devido sistema de estudo.
Conseguimos uma ampla linhagem de “graus” na Ordem DeMolay, rituais belíssimos, filosofia singular e especial proximidade com os ritos maçônicos. Nossa Ordem da Cavalaria assumiu corpo a semelhança do Rito de York, enquanto os graus internamente são legitimamente filhos do Rito Escocês. É necessário fazer uma grande ressalva quanto a denominação popular de “novos graus” que foi dada as Ordens de cavalaria introduzidas em nossa estrutura. Estes “graus” que na Ordem da Cavalaria denominamos “Ordens” a exemplo das antigas ordens de cavalaria da idade média, não são novos, na verdade foram escritos na mesma época em que a Ordem da Cavalaria foi instituída.
Na década de 1950 vários rituais foram escritos por demolays estadunidenses, alguns foram divulgados e usados nos corpos. Alguns deles projetados para a Ordem da Cavalaria, eles surgiram especialmente no estado de Ohio. Quando nosso irmão, tio e amigo Alexander Paschoal King Jr; conhecido carinhosamente como “Pat” assumiu o posto de MCE e conduziu um longo trabalho de fortalecimento da instituição. No total existem em torno de 26 graus escritos para a Ordem DeMolay, sendo vários deles praticados com relativo apreço e sucesso em alguns estados. Nos EUA estes “graus” são organizadores e usados conforme a vontade individual de cada convento, não havendo uma organização nacional. Vale lembrar que a Ordem da Cavalaria no geral praticamente morreu no solo daquela nação e é pouquíssimo utilizada no resto mundo, exceto por aqui.
Nós organizamos o IRCB na seguinte forma: Ordem de Cavaleiro, conforme preconizado pelo próprio fundador FSL; Ordem de Cavaleiro da Capela; Ordem de Cavaleiro da Cruz de Salém, Ordem de Cavaleiro Ex-Templário, Ordem do Tableau, Ordem de Cavaleiro da Tríade, Ordem de Cavaleiro do Ébano, Ordem de Cavaleiro de Anon, Ordem de Cavaleiro da Cadência, Ordem de Comendador da Cavalaria, Ordem da Grã-Cruz da Cavalaria e Ordem de Cavaleiro do Manto Prateado. A Ordem de Cavaleiro é a porta de entrada para a Ordem da Cavalaria e sofreu poucas alterações sendo praticado livremente pelos conventos. Até a Ordem do Cavaleiro da Tríade é o que foi chamado de série histórica e de fato lida muito neste sentido. Em seguida temos a série filosófica que engloba as demais ordens até a Ordem de Cavaleiro da Cadência. As três últimas formam a série honorífica, não sendo concedida fora das indicações.
Assim obtivemos uma Ordem da Cavalaria à moda brasileira, unificada nacionalmente o que nos colocou mais uma vez a frente do mundo demolay. Mas não somente fizemos isso. Quando o IRCB foi implantado houveram alterações que infelizmente deturparam muitas de suas características originais. À Ordem de Ex-Templário foram adicionados sinal e palavra de reconhecimento, que originalmente inexistem; esta é uma ordem alegórica limitada. A Ordem do Tableau foi tristemente reduzido a um mini monólogo de apenas 5 minutos, quando na verdade é uma bela re-experimentação da lição central de toda a Ordem DeMolay, teve sua essência perdida e lançado a função de simples acessório.
A Ordem de Cavaleiro da Tríade, conhecida originalmente como “Tableau do Texas” teve sua tradução muito bem aventurada, podemos dizer pela felicidade da amplitude fonética e gramatical de nossa língua portuguesa. Nossa Ordem do Ébano foi suspensa sem necessidade e sua nova versão não correspondeu as expectativas e muito menos aos anúncios que tentaram justificar a sua privação para com os cavaleiros do Brasil. A Ordem de Cavaleiro de Anon praticado atualmente é uma verdadeira vergonha ao estudo e aplicação do ritual, esta sendo transmitido com emblema inexistente e brasão montado de forma errada; foi separado da Ordem de Cavaleiro do Ébano e criou-se ai um vácuo nada benéfico ao processo de desenvolvimento do pensamento crítico que desejamos propiciar aos nossos membros. A Ordem de Cavaleiro da Cadência a pouco surgiu e já foi transformada em objeto de política e teve sua conceituação mística pouco a pouco esquecida; aquela que deveria ser a coroação da caminhada esta sendo desprovida de seus detalhes íntimos que lhe conferem tamanha especialidade.
E para deixar a todos mui felizes, podemos esperar um pouquinho pois até hoje não temos estes rituais plenamente disponíveis, mesmo depois de anos de trabalho, e ainda teremos de ver a todos eles serem lançados em breve mais uma vez alterados de forma arbitrária. Só me resta chamar o garçom e dizer: “Moço, tem batatas no meu feijão”!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
A Terra Prometida
No Brasil a Ordem da Cavalaria tardaria a chegar, algo que só ocorreu em 1993 na cidade do Rio de Janeiro, em grande parte por esforço, iniciativa e dedicação do nosso amado irmão Max Rodrigues Pereira, então Mestre Conselheiro Estadual do Rio de Janeiro. A proposta de incrementar a Ordem DeMolay brasileira com “graus filosóficos” foi apresentada ao então Grande Mestre Nacional, tio Alberto Mansur. Tão logo houve a aprovação foi escolhido o Supremo Conselho do grau 33 do REAA como corpo patrocinador, mais uma vez aquela augusta casa filosófica abrigava nova ordem e aplicava suas ações não somente nos homens de sua geração mas no futuro.
É notável o envolvimento e a participação do tio Ney Coelho Soares, Grande Lugar-Tenente Comendador daquele supremo conselho. Tio Ney dedicou-se aos preparativos de todos os materiais ritualísticos, e assumiu a missão de introduzir a Ordem da Cavalaria no Brasil como tributo vivo ao fundador Frank Sherman Land, uma vez que o próprio Land produziu o ritual da Ordem de Cavaleiro. A responsabilidade de traduzir os rituais foi entregue ao irmão Cláudio F. A. Magioli Núñez, que foi investido por comunicação realizando os juramentos ainda em inglês, tendo-se incluído ai uma parte especial: “Prometo e Juro que cumprirei a tarefa da tradução fiel dos rituais da Ordem da Cavalaria e da Ordem do Ébano; prometo e juro que empenharei todos os meus esforços na criação e na introdução da Ordem da Cavalaria no Brasil, no mais breve tempo possível, para que todos os demolays sejam regularmente investidos conforme reza a verdadeira tradição dos Nobres Cavaleiros”.
Outros 12 seniores demolays foram autorizados a serem investidos na Ordem da Cavalaria imediatamente para comporem o primeiro convento. Estes Nobres Cavaleiros originais se reuniram e formaram o conhecido convento Sir Percival de Gales nº001; o nome escolhido, por indicação do irmão Armando Mattoso Millem, é uns dos principais personagens a representar os ideais da antiga cavalaria. A todos os demais investidos foi exigido o Teste de Proficiência dos graus Iniciático e DeMolay; isto surgiu como ferramenta de distinguir os que seriam investidos fazendo com que eles direcionassem seus esforços naquela intenção, tornando-os de alguma forma merecedores da honra que é ser um nobre cavaleiro. Por uma feliz decisão isto marcou, de maneira similar, o antigo costume das comendadorias templárias de realizar um longo e exaustivo ritual de preparação as iniciações, ato conhecido como Vigília das Armas, infelizmente este costume caiu rapidamente no esquecimento.
A primeira investidura regular conforme o ritual ocorreu em 4 de Setembro de 1993, sendo a turma formada por mais de 150 irmãos de diversas localidades. O evento ocorreu no templo nobre daquele supremo conselho, local até aquela data sacramente utilizado somente para conferir o grau 33 do REAA. Este evento também foi importante por um viés maçônico, já que naquele templo haviam-se reunido representantes oficiais dos dois supremos conselhos do REAA existentes no Brasil, entidades que encontravam-se em constante conflito e disputa desde de 1927. Ali, em um evento demolay coroava-se a pax das colunas, e podemos dizer, novamente o filosofismo sustentava o seu tabernáculo, pois afinal quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
Ali também surgiu uma de nossas grandes tradições. Originalmente o ritual da Ordem da Cavalaria prevê o uso do malhete para os comendadores, no entanto, por um descuido no transporte dos materiais ritualísticos emprestados por um capítulo este utensilio foi perdido e tudo achava-se pronto quando foi feita a sugestão de que o Ilustre Comendador Cavaleiro a exemplo e semelhança de como aplicado pelo Soberano Grande Comendador usa-se um punhal para esta função, e assim foi feito. Não somente o local, mas também o símbolo do comando nos foi herdado, e que assim saibamos honrar estes princípios por esta terra prometida.
É notável o envolvimento e a participação do tio Ney Coelho Soares, Grande Lugar-Tenente Comendador daquele supremo conselho. Tio Ney dedicou-se aos preparativos de todos os materiais ritualísticos, e assumiu a missão de introduzir a Ordem da Cavalaria no Brasil como tributo vivo ao fundador Frank Sherman Land, uma vez que o próprio Land produziu o ritual da Ordem de Cavaleiro. A responsabilidade de traduzir os rituais foi entregue ao irmão Cláudio F. A. Magioli Núñez, que foi investido por comunicação realizando os juramentos ainda em inglês, tendo-se incluído ai uma parte especial: “Prometo e Juro que cumprirei a tarefa da tradução fiel dos rituais da Ordem da Cavalaria e da Ordem do Ébano; prometo e juro que empenharei todos os meus esforços na criação e na introdução da Ordem da Cavalaria no Brasil, no mais breve tempo possível, para que todos os demolays sejam regularmente investidos conforme reza a verdadeira tradição dos Nobres Cavaleiros”.
Outros 12 seniores demolays foram autorizados a serem investidos na Ordem da Cavalaria imediatamente para comporem o primeiro convento. Estes Nobres Cavaleiros originais se reuniram e formaram o conhecido convento Sir Percival de Gales nº001; o nome escolhido, por indicação do irmão Armando Mattoso Millem, é uns dos principais personagens a representar os ideais da antiga cavalaria. A todos os demais investidos foi exigido o Teste de Proficiência dos graus Iniciático e DeMolay; isto surgiu como ferramenta de distinguir os que seriam investidos fazendo com que eles direcionassem seus esforços naquela intenção, tornando-os de alguma forma merecedores da honra que é ser um nobre cavaleiro. Por uma feliz decisão isto marcou, de maneira similar, o antigo costume das comendadorias templárias de realizar um longo e exaustivo ritual de preparação as iniciações, ato conhecido como Vigília das Armas, infelizmente este costume caiu rapidamente no esquecimento.
A primeira investidura regular conforme o ritual ocorreu em 4 de Setembro de 1993, sendo a turma formada por mais de 150 irmãos de diversas localidades. O evento ocorreu no templo nobre daquele supremo conselho, local até aquela data sacramente utilizado somente para conferir o grau 33 do REAA. Este evento também foi importante por um viés maçônico, já que naquele templo haviam-se reunido representantes oficiais dos dois supremos conselhos do REAA existentes no Brasil, entidades que encontravam-se em constante conflito e disputa desde de 1927. Ali, em um evento demolay coroava-se a pax das colunas, e podemos dizer, novamente o filosofismo sustentava o seu tabernáculo, pois afinal quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
Ali também surgiu uma de nossas grandes tradições. Originalmente o ritual da Ordem da Cavalaria prevê o uso do malhete para os comendadores, no entanto, por um descuido no transporte dos materiais ritualísticos emprestados por um capítulo este utensilio foi perdido e tudo achava-se pronto quando foi feita a sugestão de que o Ilustre Comendador Cavaleiro a exemplo e semelhança de como aplicado pelo Soberano Grande Comendador usa-se um punhal para esta função, e assim foi feito. Não somente o local, mas também o símbolo do comando nos foi herdado, e que assim saibamos honrar estes princípios por esta terra prometida.
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