No Brasil a Ordem da Cavalaria tardaria a chegar, algo que só ocorreu em 1993 na cidade do Rio de Janeiro, em grande parte por esforço, iniciativa e dedicação do nosso amado irmão Max Rodrigues Pereira, então Mestre Conselheiro Estadual do Rio de Janeiro. A proposta de incrementar a Ordem DeMolay brasileira com “graus filosóficos” foi apresentada ao então Grande Mestre Nacional, tio Alberto Mansur. Tão logo houve a aprovação foi escolhido o Supremo Conselho do grau 33 do REAA como corpo patrocinador, mais uma vez aquela augusta casa filosófica abrigava nova ordem e aplicava suas ações não somente nos homens de sua geração mas no futuro.
É notável o envolvimento e a participação do tio Ney Coelho Soares, Grande Lugar-Tenente Comendador daquele supremo conselho. Tio Ney dedicou-se aos preparativos de todos os materiais ritualísticos, e assumiu a missão de introduzir a Ordem da Cavalaria no Brasil como tributo vivo ao fundador Frank Sherman Land, uma vez que o próprio Land produziu o ritual da Ordem de Cavaleiro. A responsabilidade de traduzir os rituais foi entregue ao irmão Cláudio F. A. Magioli Núñez, que foi investido por comunicação realizando os juramentos ainda em inglês, tendo-se incluído ai uma parte especial: “Prometo e Juro que cumprirei a tarefa da tradução fiel dos rituais da Ordem da Cavalaria e da Ordem do Ébano; prometo e juro que empenharei todos os meus esforços na criação e na introdução da Ordem da Cavalaria no Brasil, no mais breve tempo possível, para que todos os demolays sejam regularmente investidos conforme reza a verdadeira tradição dos Nobres Cavaleiros”.
Outros 12 seniores demolays foram autorizados a serem investidos na Ordem da Cavalaria imediatamente para comporem o primeiro convento. Estes Nobres Cavaleiros originais se reuniram e formaram o conhecido convento Sir Percival de Gales nº001; o nome escolhido, por indicação do irmão Armando Mattoso Millem, é uns dos principais personagens a representar os ideais da antiga cavalaria. A todos os demais investidos foi exigido o Teste de Proficiência dos graus Iniciático e DeMolay; isto surgiu como ferramenta de distinguir os que seriam investidos fazendo com que eles direcionassem seus esforços naquela intenção, tornando-os de alguma forma merecedores da honra que é ser um nobre cavaleiro. Por uma feliz decisão isto marcou, de maneira similar, o antigo costume das comendadorias templárias de realizar um longo e exaustivo ritual de preparação as iniciações, ato conhecido como Vigília das Armas, infelizmente este costume caiu rapidamente no esquecimento.
A primeira investidura regular conforme o ritual ocorreu em 4 de Setembro de 1993, sendo a turma formada por mais de 150 irmãos de diversas localidades. O evento ocorreu no templo nobre daquele supremo conselho, local até aquela data sacramente utilizado somente para conferir o grau 33 do REAA. Este evento também foi importante por um viés maçônico, já que naquele templo haviam-se reunido representantes oficiais dos dois supremos conselhos do REAA existentes no Brasil, entidades que encontravam-se em constante conflito e disputa desde de 1927. Ali, em um evento demolay coroava-se a pax das colunas, e podemos dizer, novamente o filosofismo sustentava o seu tabernáculo, pois afinal quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
Ali também surgiu uma de nossas grandes tradições. Originalmente o ritual da Ordem da Cavalaria prevê o uso do malhete para os comendadores, no entanto, por um descuido no transporte dos materiais ritualísticos emprestados por um capítulo este utensilio foi perdido e tudo achava-se pronto quando foi feita a sugestão de que o Ilustre Comendador Cavaleiro a exemplo e semelhança de como aplicado pelo Soberano Grande Comendador usa-se um punhal para esta função, e assim foi feito. Não somente o local, mas também o símbolo do comando nos foi herdado, e que assim saibamos honrar estes princípios por esta terra prometida.
por onde esta o Max ? grande cara
ResponderExcluirpor aqui ! ahauahuahuah agora que vi esse link, postado por um grande amigo, valeu
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