terça-feira, 12 de outubro de 2010

ECC - 2010.



No dia 09/10/2010, na Ilha do Guará Grande, vulgo, ilha dos bombeiros, Floripa/SC, ocorreu o Encontro Catarinense da Cavalaria deste ano. O evento reuniu mais de 45 cavaleiros, estando representados todos os convento de Santa Catarina, bem como o Gabinete Estadual da Liderança Juvenil, através de seu presidente, o Mestre Conselheiro Estadual Ir. Paulo Gavassoni. De mesma forma o Grande Capítulo Estadual este presente, através do tio Rafael Mayer, Grande Mestre Estadual; do irmão e tio Dario Labandeira, Oficial Executivo para a 4ª Região, e o Ir. Vinicius Pereira, chefe de gabinete do GCE/SC.

Destaque especial para a organização do evento, que cumpriu com a promessa de oferecer um evento tranquilo, sem qualquer contra tempo ou impecílio. Saimos todos do porto dos bombeiros rumo a ilha, em transporte maritimo que esteve a nossa disposição. O local, ja previamente preparado recebeu a ordem e não deixou a desejar em nada.

Da abertura oficial, ao encerramento de mesma forma, tivemos o prazer de realizar um encontro completo. Tivemos uma grande conversa sobre a Ordem de Cavaleiro, o Ilustre Rito da Cavalaria do Brasil e a Ordem do Templo. O banquete ritualistico, que encantou a todos, conhecido como a Távola Festiva, foi brilhantemente executado. O sentimento do comer e beber reunido aos irmãos, nutrindo o corpo e a alma ficou evidente. Tivemos ainda a realização das Ordens de Cavaleiro da Capela e Cavaleiro da Cruz de Salém. Um encontro de lideranças que possibilitou uma grande troca de vivências entre os conventos de SC, e os constantes lanchinhos de que os demolays tanto gostam...

Um evento para ficar na história. Reviver uma reunião do templo, a caráter, em uma ilha isolada, remete de imediato a forma de vida daqueles que tomamos como exemplos. Servir fiel e humildemente, reunidos como irmãos.

O agradecimento é enorme a toda a organização. Irmão Dario, Aléssio, Eládio, e todos os demais que possibilitaram a realização do evento..

Grande Abraço, e que se repitam os encontros destes templários de coração...

domingo, 10 de outubro de 2010

Aprender e Perdoar...

A criança inocênte a tudo perdoa e esquece. O velho ranzinza a nada perdoa e nunca esquece. Somente o homem maduro perdoa com resignação mas nunca esquece com exemplar aprendizagem!!!

domingo, 3 de outubro de 2010

ORAÇÃO AGONIZANTE



Saudações seres que por ventura tenham caido aqui...

Estes tempos tive uma mega intuição. Comecei a ouvir uma oração sendo recitada na minha mente, e em seguida ao pé do meu ouvido direito. Não pude conter a necessidade de escrever. Considerando que alguma parte possa ter se perdido neste processo abaixo transcrevo o que restou em pedaço de papel, agora na minha casa...

A nomenclatura "Oração Agonizante" pode ser um produto da minha mente apenas, por qualquer razão que no momento desconheço. Recebi a certeza de ser uma oração a ser feita na eminência da morte, quando se deve "bater um lero" direto com o criador.

Deus quem te clama, é ...
Sangue de Romanov.

Coroa de Rei,
Coração de Leão;

Filho de Rá,
Herdeiro de Salomão;

Alma de Mago,
Escudo de Fé;

Cruz de Ouro, Espada de Prata.

Espírito livre e parte de ti
... Clemência !

É notável a carga simbólica ai contida. Na realidade, tenho quase certeza que sequer deveria estar publicando isto, mas esta feito....

domingo, 12 de setembro de 2010

O Céu é meu teto, a Terra é minha pátria, a Liberdade é minha religião e a verdade minha busca e compromisso...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PRAGA DE GAFANHOTOS


A Ordem DeMolay desde sua fundação, no ano de 1919, teve uma grande publicidade no meio maçônico e mesmo profano, pois o nosso Dad Land empenhou-se em fazer conhecida nossa instituição. Com razão é fato importante de observarmos que inicialmente nossa “ordem” não estava tão fixa a este preceito, assemelhando-se mais a clubes e grupos jovens. O ritual em si só foi tornar-se elemento indispensável e de solene importância pouco tempo depois, produzindo uma pequena mudança no trato da forma como se divulgou nossa querida Ordem DeMolay.
De maneira bem clara, Frank Sherman Land objetivou espalhar a Ordem DeMolay pelo mundo, sendo que em apenas 7 anos já haviam mais de 1300 capítulos em solo estadunidense e vários estabelecidos em outros 8 países. Ao chegar no Brasil a ordem tomou novo fôlego publicitário, em geral, devido ao esforço de nosso tio Alberto Mansur que através do Supremo Conselho do grau 33 do REAA de nosso país, fez apresentar nossa instituição a todos com que mantinham relações. Do Brasil a ordem erradiou focos para a Bolívia e Paraguay. Com o tempo nosso Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil fez constituir sua comissão de Relações Internacionais, que assumiu um papel de grande atuação e relevante importância. Recebendo atualmente “carta branca” da Diretoria Executiva para bem conduzir os assuntos de sua área. Isto denota a maturidade e compromisso de seus membros. Atualmente liderados pelo querido irmão Carlos Eduardo Pereira Bernardes Amaral, do capítulo Recife nº031. O time completo pode ser visto no site do supremo conselho.
Dentre diversas atividades da comissão destacam-se as relações estabelecidas, e constante parceria com a Oficialária Executiva Jurisdicional do México, que vem demonstrando pujante crescimento e atuação. Recentemente nossos irmão mexicanos realizaram o Primeiro Congresso Nacional deles, em conjunto com a Ordem do Arco Íris, onde estivemos representados pelo então Grande Primeiro Conselheiro, e atual Grande Mestre, Irmão Wilson José Barbosa Júnior. Na ocasião firmamos ainda o Tratado de Mútuo Reconhecimento, Amizade e Fraternal Convivência entre as duas jurisdições de nossa ordem. O Ordem DeMolay promete grandes crescimentos na nação do México e isto em grande parte pela ação somatória de parcerias estabelecida pela comissão de Relações Internacionais do nosso SCODB.
Outra parceria de altíssima relevância é a que mantemos com o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Paraguay. No nosso último congresso nacional, ocorrido na eternamente bela cidade de Balneário Camboriú/SC, recebemos a enorme comitiva paraguaia, composta por mais de 116 demolays e um bom número de maçons. Estavam presentes os altos escalões daquele supremo conselho, especialmente o irmão Arturo Sasiain Lezcano, Mestre Conselheiro Nacional, e o tio Santiago Prates, Grande Mestre. Neste maravilhoso evento, onde mais de 840 demolays estiveram presentes, firmamos novo pacto de parceria entre nossos supremo conselhos, estabelecido pelo termo de Cooperação. Na oportunidade 5 irmãos do Paraguay receberam junto a outros do Brasil a Honorífica Ordem de Comendador da Cavalaria, equivalente ao Grau de Chevalier para os Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay.
Nossa incansável comissão de Relações Internacionais esta dedicando-se ainda a outros projetos, em especial na interação dos membros das jurisdições já mencionadas, o que, entre outras ações, culminará em breve em maravilhoso projeto a ser anunciado pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, assumindo outra vez nossa tradicional posição de pioneirismo.

Fraternal e Sinceramente, eu sou,

Matheus R. B. C. De Noronha – CID 40942
Sênior DM – Membro da Grande Comissão de Relações Internacionais – SCODB
10/09/2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

MONTÉQUIOS E CAPULETOS

Para os que creem que divisões, rachas e todo tipo de cisão são problemas modernos de nossa ordem, um alerta: Olhem para trás. Nossa organização assim como qualquer outra composta por seres humanos esta fadada a ter em si a diferença de pensamentos. Serão vistos em nossos organismos os mais diversos modos de pensar, os mais diversos modos de entender e conceber a tudo o que há. Isto no geral é bom, basta que com isso saibamos aprender e direcionar corretamente como uma ferramenta útil.
Mas, quando os ditos “líderes” são inaptos para tal, e portanto não percebem os rumos que a instituição a que pertencem esta tomando, ou pior, quando permanecem simplesmente inertes mesmo quando conscientes, ai encontramos as mais variadas formas de divisões. Na Ordem DeMolay temos o primeiro grande caso em 1951 no estado de Ohio/EUA. Naqueles tempos Ohio, como o estado mais desenvolvido e politizado em termos de Ordem DeMolay, começou a questionar constantemente os exorbitantes valores praticados em nossa organização. Em especial uma região uniu-se e solicitou ao Oficial Executivo do estado que revisse esta posição. Some-se neste ponto as já diversas discordâncias para com os atos administrativos de tal Oficial Executivo.
As circunstâncias agravaram-se de tal forma que buscando uma forma de continuar trabalhando mas sem padecer das insolências de poder daquele gestor, um pequeno grupo de capítulos reuniram-se e decidiram por retirarem-se da Ordem DeMolay, criando assim a Ordem das Cruzadas, que funcionava com a mesma estrutura e estilo funcional. Tanto que estes capítulos permaneceram trabalhando no sistema de dois graus, sendo estes “Cavaleiro da Rosa Branca” e “Cavaleiro das Cruzadas”. Diante de tais movimentos o comando da ordem exerceu de fato seu poder sufocando a nova organização de todas as maneiras possíveis. Desautorizou seus líderes, desvinculou alguns, puniu outros, e tratou de reestabilizar a região. Assim esta nova ordem desapareceu em 1954. Estava aprendida a lição, e naquela nação não mais prosperaram os intentos divisionistas.
Tantas outras atividades similares vimos por todo o mundo. Aqui mesmo no Brasil vimos muitos movimentos descontentes com as resoluções e principalmente com a passividade de nosso supremo conselho. Muitas foram as vezes em que questionou-se o proceder dos gestores de nossa instituição, mas os descontentamentos que naturalmente configuram um pedido solene da base por mudanças não foram atendidos. Permanecemos com vários problemas e nenhuma intenção de estabelecer-se soluções reais. Vimos uma cascata de atos de protelação. Isto levou a que na década de 90 surgissem seríssimas desavenças entre o então Grande Mestre Alberto Mansur e muitos membros do estado de São Paulo e de algumas outras regiões, em especial o Nordeste. Dentre as principais reivindicações também figurava a questão financeira; e desta contenda surgiu a Ordem JDeMolay, cópia fiel de nossa instituição que mantinha inclusive o mesmo ritual, havendo apenas a troca das citações “DeMolay” pela nomenclatura “JDeMolay” como forma de diferenciação mínima.
A ferida não foi combatida, o movimento estabilizou-se e permaneceu isolado indo pouco a pouco pelo caminho da auto destruição por conta da falta de seus próprios líderes. Abria-se a brecha e não tardou a ver-se instalado o Grande Conselho de Capítulos do Estado de São Paulo. Desta vez o movimento de rebeldia é enorme e surge como um golpe muito bem planejado. Novamente o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, guiado por mãos fracas e pouco comprometidas não reage devidamente. Os arquitetos da nova instituição não contentam em separar-se mas rumam por uma campanha vasta em cooptar mais capítulos, o que o fizeram com alto êxito; vimos um segundo estágio, onde este mesmo grupo passou a fundar e instalar vários outros capítulos por si mesmo, criando um vasto campo de existência.
O que vimos neste episódio foi algo muito mais estruturado que contou com líderes, com apoio intelectual e mobilização das bases, não baseado no apoio institucional maçônico e sim numa reação interna da ordem. Logo converteu-se em um reduto onde a administração progressiva foi a marca registrada. Em breve espaço de tempo este grupo havia constituído seus próprios métodos e rotinas, atingindo melhorias significativas. Restava então o último passo: Blindar-se. O que fizeram maestralmente. Permaneceram trabalhando unidos, com solidez de comando e nenhum relacionamento externo. Criaram seu próprio mundo.
A partir deste momento sua existência mesmo que intocável para os demais membros da ordem permaneceu como um símbolo de resistência e insubmissão a hierarquia estabelecida. Alimentou os sonhos de muitos gananciosos e as esperanças de tantos outros idealistas. A “grande ordem” continuou seu caminho sem rumos, embaralhando-se em suas brigas. Diversas correntes, até mesmo rivais, começaram a alinhar seus esforços na tentativa de aumentar o poder de pressão sobre o supremo conselho, tentando desta maneira abrir caminho para novas e importantes mudanças.
A grande reivindicação da ordem naquele momento, e principal bandeira destas correntes era a necessidade de democratizar a ordem. Os antigos gregos foram sábios ao proporem a democracia e incutirem nela a necessidade da alternância de poder como único modo de garantir de fato as liberdades e os direitos dos homens, pelo que não se costuma encontrar em qualquer tipo de totalitarismo. Depois de quase três décadas as fileiras agonizavam por um novo comandante. Uma grande negociação foi feita para que isto ocorresse de forma harmoniosa, mas aos olhos de muitos isto nunca se tornaria realidade. Aqui fomos reféns dos propósitos pessoais e egoístas de alguns homens, que fervilharam o desejo de mudança incontrolável, mobilizaram jovens mentes, e os conduziram como gado à uma nova estrutura.
Subvertendo nossa autonomia, independência e soberania, uns poucos maçons tentaram tratar a Ordem DeMolay como propriedade intelectual e material de obediências maçônicas brasileiras, que sequer possuem sólido reconhecimento internacional. Aproveitaram-se das justas e necessárias reivindicações para satisfazer seus egos. Aviltando os ideais preconizados pelo Dad Land, compraram a cooperação externa e auto intitularam-se donos de nossa instituição; como se algo tão grande pudesse ser patrimônio de alguém senão de Deus; confundindo patrocínio e apoio com propriedade milhares de jovens e maçons dedicados foram conduzidos ao erro e enganados foram todos arrastados para o que conhecemos como “Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil”.
Vimos do meio dos jovens demolays surgir o pensamento puro de irmandade, e a reivindicação espontânea de união entre os irmãos. Surgiu o que ficou conhecido como MUB, Movimento Unifica Brasil. Que do meio das fileiras tentou, e tenta, gritar aos altos colares que eles a muito já não representam os ideais da ordem, e expressam claramente a necessidade do fim da cisão que divide a Ordem DeMolay brasileira, a maior do mundo. Mas estes mesmos irmão calorosos sentiram o peso do orgulho e das vaidades humanas quando foram calados nos eventos em que se manifestaram por seguranças em uso abusivo da força. Quando ouviram palavras ainda mais violentas e tiveram sua luta rechaçada por seus comandantes, vendo e sentindo o peso da opressão de que muitos ainda padecem, naquilo que deveria ser uma ordem de homens livres.
Os homens devem aprender a lição de pensar duas vezes antes de solicitar admissão em instituições, revendo com sinceridade o propósito de serem membros delas. E nós, a quem nos reconhecemos como irmãos, devemos pensar duas vezes antes de admitir, não somente novos membros, mas principalmente em admitir alguns dos “nossos” como líderes para que não paguemos o preço daqueles que não zelam por aquilo que é seu, pois em verdade estaremos descuidando de nós mesmos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

V M A - T 2

Uma das maiores questões abordadas por todas as culturas e formas sociais no geral é sobre a existência e natureza de Deus. Ora, e para a Ordem DeMolay, Deus existe? Deve esta questão receber também razoável atenção de nossos membros. A Ordem DeMolay tendo sido criada por um cidadão devoto e extremamente envolvido pela doutrina cristã, recebeu desde o inicio grande carga de importância nesta temática. Nós a encontramos em nossos rituais e leis a similaridade da forma como é disposta pela ordem maçônica, influência da proximidade de estruturas que possuímos.
Devemos lembrar que “acreditar em um ser superior” independente da forma, nome ou qualquer outra característica é qualidade essencial para iniciação em nossa ordem. Constantemente ouvimos a referência ritualística a esta força superior, a quem de forma extremamente adequada e inteligente denominamos Pai Celestial, pois esta é sua natureza. Uma paternidade universal. É fácil definir a Deus, ao contrário das dúvidas das multidões. Existe uma forma antiga e tradicional de definir Deus como o ser Trino Perfeito. A este ser é natural 3 características, sendo somente ele o possuidor destas. Tudo o que o homem conseguir enquadrar neste triângulo, será Deus. Deus é Onipresente, e estando em tudo também é tudo, o que inclui o homem. Deus é Onisciente, sendo tudo e possuindo consciência de si mesmo sabe de todas as coisas. Deus é Onipotente, pois sendo o todo, e sabendo de tudo, tudo pode. Este triângulo perfeito observa e conduz a tudo que existe em todos os planos da criação.
Muitos poderão alegar que tudo isto trata-se de pura crença. Alguns podem tomar como exemplo Willian James, o pai da Psicologia Pragmatista americana, que defende sua posição alegando que, crer em Deus é resultado da cultura, da civilização e dos hábitos. Pois a todos estes lembrarei que o mundo evolui e devemos todos nos atualizar constantemente. Hoje a existência de Deus é comprovada pela dita ciência objetiva. Um dos mais respeitados médicos cientistas da atualidade, o Dr. Deam H. Hamer, importante personagem no processo da medicina em desvendar o código genético do Homo Sapiens, foi ainda além, estudando e comprovando a existência do gene especialmente incluso em nossa constituição, ponte com o ser supremo, o gene VMA - T 2.
A ciência agora atinge o campo da energia inteligente capaz de pensar, através de experiências feitas pela Universidade da Califórnia, em San Diego e em Los Angeles; quando o Doutor Michael Persinger, neurocientista, realizando tomografias PET, computadorizadas, com emissão de pósitrons localiza entre os lóbos temporais uma luz; que o Doutor Vilaianu Ramachandran, neuropsiquiatra denomina de “o ponto de Deus”, eis a comprovação cientifica do tão conhecido chakra coronário. Hoje a ciência abre espaço para admitir em seus ramos a anterioridade do espírito à concepção física; a psicologia trans-pessoal já reconhece a sobrevivência e a reencarnação, etc. A Dr.ª Hanna Wolff, psicanalista alemã, estabeleceu em seus estudos que o Amor é o momento culminante da evolução humana. Assim nos aproximamos da união de conhecimentos ditos antagônicos, físicos e espirituais.
Allan Kardec, formula com propriedade a questão “Que é Deus ?”, que consta como primeira pergunta do Livros dos Espíritos, e as entidades lhe respondem: “A inteligencia suprema do universo e a causa primeira de todas as coisas”. Ai se encontra uma perfeita definição de Deus sem o limitar. Sendo Deus o Absoluto não pode caber em uma definição simples, neste momento podemos definir Deus como “A Inteligência Suprema” não havendo limite, sendo ele a causa primeira de tudo. Acompanhando a doutrina evolucionista de Charles Darwin, e as propostas transformistas de Jean Baptiste De Lamark, que explicam a evolução. As primeiras moléculas que se aglutinaram na intimidade das águas salgadas dos oceanos profundos, resultado das ondas batendo nas rochas, liberando naturalmente cadeias de açúcar, formaram as primeiras organizações vivas. Tudo conduzido por esta Inteligência Suprema.
Isaac Newton certa vez disse: “A maçonaria esta vinculada a todas as religiões”. De mesmo modo podemos considerar a Ordem DeMolay, pois existimos pelo entendimento das leis divinas e daquele que as criou e sustenta. O Insigne Voltaire teve oportunidade de dizer: “A maçonaria é a entidade mais sublime que eu já conheci”, “Reúne as criaturas humanas para torna-las verdadeiramente irmãs.” Não é de se duvidar, que teria ele considerado nossa organização como tal se nos tivesse tido igual oportunidade de conhecer, pois fazemos tudo isto no estágio mais conturbado e determinante da criatura humana.
Octogenário, Marie Arouet Voltaire aceita tornar-se membro da Grande Loja, sendo iniciado na loja “9 irmãs”, em Paris. Estavam presentes, Catarina da Prússia, através de seus embaixadores. Representantes da Itália, França e Inglaterra. Furkluar, o grande químico francês, Benjamin Franklin o notável físico americano. Antropólogos como Lamark. A nata da cultura francesa do século 18. Depois da iniciação é levado ao senáculo sendo recebido por Joseph Lalande, o próprio fundador da loja, e Cordose diz que é uma honra para a ordem recebe-lo. Ai ele produz para todos nós um precioso ensinamento. Ele responde de improviso: “Dizem que eu não creio em Deus, e eu não creio em Deus! Eu não creio no Deus que os homens fizeram, mas eu creio no Deus que fez os homens”. Matava ele o Deus antropomórfico, o Deus das paixões e dos exércitos, como imagem e semelhança dos homens. Advoga ali a necessidade de outra conceituação de Deus. A conceituação maçônica e demolay.
Sócrates e Platão o chamavam “Eidos”, “a idéia”. Aristóteles: “Morfei”, “a forma”. Baruch Espinosa chamava-lhe “Naturas natures”, “a natureza da natureza”; Jesus o chamava “Meu Pai”, João Evangelista: “O Amor”. Outros: “Causa primária da Vida”. As criaturas dos primórdios humanos iniciaram cultos as forças ignotas do universo sem a necessidade de nomeá-lo. Este é o nosso Deus, o Deus Pai, o Deus energia, o Deus Espiritual. O Deus do sentimento e da compreensão de cada um; o nome, pouco importa!
No alto das montanhas do mar morto, diante dos céus transparentes da Palestina, na comunidade essênia. “Vinde comigo”, dizia o Mestre ao discípulo. “Contemplai esses céus azuis bordados de astros que nos espiam com sua claridade luminífera, e eu vos conduzirei pelos labirintos da vida, para que possais encontrar a plenitude, coroando-vos com a coroa de Keether. Vinde pois comigo e atravessai este corredor estreito, em um caminho muito apertado, que ireis perambulando vagarosamente, sois candidato ao encontro com a consciência. E é necessário que atravesseis este caminho perigoso”. Assim eu o digo neste momento: Vinde meu irmão, estudai e torna-te verdadeiramente iniciado, ou de outra forma de pouco valerá sua iniciação em nossa augusta ordem.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

NINE O'CLOCK INTERPOLATION

Que nossa magnifica Ordem DeMolay possuí um belo ritual todos sabemos, da mesma maneira que ele é singular em sua concepção e prática. Dentre tantos detalhes devemos ressaltar não somente a forma como realizamos, o que incorporamos de outros ritos e instituições ou mesmo criamos, mas também devemos estudar aquilo que somente nós realizamos, ou que realizamos de uma maneira realmente nova. Assim podemos tomar como um ótimo exemplo uma cerimônia nomeada como “Nine O'clock Interpolation” ou Interlúdio das 9 horas.
Antes de tudo, alguém pare e responda com sinceridade se sabe a real função da cerimônia das 9 horas! Gaste um minutinho de sua vida para refletir, se depois de anos assistindo e mesmo realizando este cerimonial, você de fato sabe qual a sua função. Nossa ordem possui todas as cerimônias principais de uma liturgia, uma para abertura dos trabalhos, outra para o encerramento, um serviço especial para instalação de seus oficiais e é claro as iniciações. Mas a cerimônia das nove horas não serve para nenhum destes propósitos. As reuniões refletem o transcorrer de um dia simbólico e ao se atingir as nove horas da noite, ou em momento alegórico disto soam 9 badaladas. Ali encontramos um momento de “breve intervalo em nossas deliberações”, com o intuito de reunir o capítulo em uma intenção em especial.
Todos os membros são reunidos ao redor do altar dos juramentos, o lugar mais sagrado, o mais puro e elevado de nossas salas capitulares. As luzes são diminuídas, permanecendo acessas apenas nossas 7 chamas, o que por si anuncia que o ato tem caráter religioso. Sim religioso, não dogmático, mas religioso com certeza. O Mestre Conselheiro relembra o significado tradicional do momento e o Capelão conduz todos em uma prece. Evoca o “Pai nosso”, aquele Deus do coração de cada um de nós, de cada compreensão, de cada credo, mas uno em sua natureza, a ouvir nossas suplicas. Reconhece que todos temos o carinho e amabilidade conforme o que nos é merecido e necessário, continua ao invocar a divina proteção não somente aos nossos pais, o que zela pelo nosso bem, mas “para todos os pais e mães de nossa Pátria e de todo o mundo”, crendo que desta forma contribuímos para melhores gerações.
Roga-se ainda pela permanente consciência da nossa condição humana e irmã, tendo em mente a constante necessidade de auxiliar aqueles que estejam menos favorecidos, e ainda mais; a sentir a verdadeira gratificação pessoal ao com alegria servir. Rogamos as bençãos cósmicas aos que laborando edificam nossa sociedade e dignificam seus espíritos. Pedimos a calma e a serenidade aqueles que sofrem suas provações, para que possam suporta-las, e compreender a sublime arquitetura divina. Rogamos ao Altíssimo que ampare os que estejam necessitados, aqueles que estão em perigo e clamam por socorro. Pedimos força, para que nós mesmos consigamos cumprir com nossos votos, e possamos viver com retidão. Reconhecemos que muitos antes de nós serviram, e sacrificaram-se por nossa nação, pelo nosso povo, e por tudo o que valorizamos, e a eles também rogamos as graças celestes.
Mais do que uma belíssima oração, a “Interpolazione delle ore nove” como dizem nossos irmãos italianos, é um momento de contato com nossa egrégora espiritual. Onde invocamos as antigas fileiras a conosco vibrarem nossas intenções. Onde suplicamos o amparo aos de nosso circulo, e a todos os que prezamos, mas também a todas as formas de vida. Harmonizamos nossos seres, e nossa ordem como um todo com a criação divina. Nos tornamos engrenagens operantes no plano da evolução, e colaboramos para o alvorecer de uma nova era. A cada realização desta ilustre cerimônia devemos dedicar nossas devoções com sinceridade e pureza, rogando as bençãos aos de nossa estima, pois verdadeiramente eles as receberão, cumprindo a lei da vibroturgia universal.

sábado, 19 de junho de 2010

O Nosso Tesouro




Muitos devem questionar qual a diferença entre a Ordem DeMolay e as demais organizações sociais, o que nos difere de um clube de serviços ou clube social, ou de uma sociedade de cooperação mútua, o que de fato é o grande diferencial encontrado apenas em nosso círculo? Essa questão foi respondida e defendida constantemente pelo próprio fundador, nosso amado tio Frank Sherman Land, ele sempre disse: “Nós temos um ritual”. De maneira simples e direta ele definia um de nossos maiores tesouros. Este mesmo ritual que vem sendo aviltado, recuperado, perdido e deturpado, estudado e questionado, divulgado e distorcido, este ritual que nos une espiritualmente.
Quando se fala em ritual na Ordem DeMolay ouvimos diversas menções sobre o quão lindo ele é, e de fato é sublime. E muito frequentemente ouvimos que é muito bom termos um ritual bem estruturado, super sério e surgem também as inevitáveis comparações; principalmente as com o ritual da Ordem das Filhas de Jó. Uma das primeiras coisas que se lembram é da figura do “coral” no ritual das nossas primas. Mas a estes queridos irmãos eu lhes digo, parem de rir, pois acreditem, nós também temos nosso “passado negro”. Nos primórdios de nossa ordem havia sim a utilização de cânticos litúrgicos. Aqueles que conhecem nossos “Secret Works” sabem que em uma determinada cerimônia, que os capítulos não costumam fazer sempre, existe o uso de badaladas, que é diferente de golpes de malhetes, em número impar, em métrica cabalística. A questão é que atualmente elas anunciam o inicio de um determinado trabalho e a transformação dos membros em um sentido mais profundo, no entanto antigamente isto servia apenas para anunciar que isto estava por acontecer, havia em seguida uma pequena canção, apenas algumas linhas poéticas, entoadas pelos membros do capítulo que evocavam a Deus determinada benção.
O ritual em sua concepção inicial é muito próximo dos ritos praticados até hoje nas igrejas evangélicas Presbiterianas, cultos congregacionistas que incluem o “ato amoroso” entre os membros como forma de vivenciar Deus. Assim ocorria em nosso ritual, o capítulo era reunido para entoar o ato sagrado em alguns momentos.
Até mesmo o modo como nos ajoelhamos usualmente hoje não é original. Nas primeiras versões os jovens permaneciam de pé, com as mãos unidas para baixo, reunidos em círculo em torno do altar dos juramentos, e apenas abaixavam suas cabeças enquanto o Capelão conduzia a oração. Este modo de reverência foi utilizado por breve período na Ordem da Cavalaria em território brasileiro. A posição de ajoelhar-se sobre o joelho esquerdo é uma alusão clara ao ato de oração de George Washington em Valley Forge, quando seu exército encontrava-se cercado, com fome e parcialmente destruído; daquele ponto em diante os rumos da guerra são inteiramente revertidos e o exército de Washington é confirmado nos campos de batalha como o superior.
A Ordem DeMolay consegue ainda o inacreditável no “mundo maçônico”, que é reunir em si características de diversos ritos; sendo estruturada externamente ao estilo “Rito de York” e recebendo toda esta influência no seu grau iniciático, consegue de maneira inesperada pular para a similaridade extrema ao Rito Escocês Antigo e Aceito em seu grau DeMolay; e usa da mesma escola dramática destes também na Ordem da Cavalaria. Dispõe seus oficiais ao estilo York, mas estes mesmos são de natureza escocesa. Não se deve esquecer que todas as falas são claras e diretas ao estilo “moderno”, “Francês” e de “Emulação”, que não são a mesma coisa. Tem inegavelmente a marca do rito “Adonihamita” ao constituir um afeto singular na instituição.
São estes detalhes que tornam nosso ritual tão precioso e cheio de singular valor. E transforma nossa instituição em algo diferente das demais, um de nossos maiores zelos deve ser justamente com nossa liturgia. Devemos lembrar sempre, “Nós temos um ritual”.

sábado, 12 de junho de 2010

Meus amigos....

Tava aqui pensando sobre amigos. É complicado dizer que alguém é amigo, pois amigo é palavra muito séria. Amigo tem que ser amigo sempre, em todas a shoras, em todo tipo de momento. Amigo tem que conhecer você e ainda assim gostar de você. Amigo tem que dizer a verdade mesmo que isso doa, e muito. Amigo tem que estar ao lado sempre, não pode se acovardar nunca, ou ele só esta aproveitando o momento. Infelizmente isso me faz ir cortando nomes e mais nomes na minha listinha mental. Eu sempre disse e cada vez tenho mais certeza que amigos tenho menos do que dedos, e essa é a realidade da vida, tão ingrata.

Achei essa citação de Oscar Wild, não é tudo que penso sobre amigos, mas combina com meu modo de pensar....

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábito.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa."

Oscar Wilde

LOBINHOS AZUIS

Mas a saga continua; nenhum ideal morre verdadeiramente, da mesma forma que a morte em si é uma ilusão, pois o espírito é imortal, já asseveravam com propriedade cada mestre da antiguidade e nosso patrono Jacques DeMolay, a convocar aqueles que perseguiram a Ordem do Templo a comparecerem no Tribunal Divino. A “Order of Chivalry” havia sido enterrada mas seu propósito seria reinvocado.

Se observarmos as constantes diminuições da idade mínima para ingresso na Ordem DeMolay veremos que sempre estão associadas a necessidade de captar novos membros, seja para compensar eventos externos ou mesmo por problemáticas naturais da ordem. Assim na metade dos anos 90 via-se o International Supreme Council mergulhado em dificuldades financeiras, jurídicas, e testemunhando um vertiginoso decrescimento em seu número de membros. Entre tantas ações optou-se por lançar novamente como ferramenta uma organização pré Ordem DeMolay. Surge em 1995 a “Order of Squires of Round Table” ou “Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda. Ela surge na cidade Vancouver, estado de Washington. Visa reunir jovens do sexo masculino com idade compreendida entre os 10 e 12 anos; no Brasil dos 7 aos 12.

O inicio se deu pelos esforços dos tios Ralph Hooper, Lynn Taylor e Michael Senders. A inspiração original foi a figura do filho de Michael Senders, este primeiro grupo chamou para auxilia-los o Ir. e tio Edgar Trefts, Ex – Oficial Executivo para o estado de Washington e membro do ISC; ele escreveu o ritual original e conduziu o processo de aprovação da ordem. Por este motivo o irmão e tio Ed Trefts, como era conhecido, é considerado também um dos fundadores. Nos E.U.A. as unidades da ordem chamam-se “Manor”, cuja tradução aproximada é “solar”, mas no Brasil as conhecemos como Távolas. O primeiro manor foi instalado em Junho de 1997 na própria cidade de Vancouver / WA. Como o declínio da ordem não foi contido, infelizmente nos E.U.A. apenas cerca 20 solares encontram-se em funcionamento.

No Brasil a Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda foi trazida no ano de 2002 pelos esforços do colégio alumni Juiz de Fora, onde devemos citar o trabalho e empenho dos irmãos Luís Fernando Marcelino Alves, Rogers Ferreira Pereira e Daniel Giotti de Paula. Este último grande divulgador dos escudeiros no Brasil. Conseguiram os rituais originais, traduziram e adaptaram a realidade de nossa Ordem DeMolay brasileira. A Ordem dos Escudeiros possui o seu Conselho de Honra, que funciona a espelho dos nossos conselhos consultivos. Eles são presididos por um sênior demolay que é chamada “Nobre Cavaleiro”, e composto por outros demolays. As távolas sempre patrocinadas por um capítulo, reúnem-se uma vez por mês em geral, com atividades rápidas no âmbito ritualístico e sempre que possível assimilando ações esportivas e de lazer. Os jovens escudeiros devem conviver com os seus irmãos demolays, colhendo em pequenas doses os exemplos e ensinamentos de uma vida iniciática, sem no entanto enfadar-los.

Utilizam para transmitir aos jovens membros os símbolos da Sabedoria, Verdade e Justiça. Incutem sutilmente assim as grandes virtudes morais que guiam o homem pela jornada terrena. O próprio nome “Távola Redonda” embora possua uma história de fachada sobre a primeira reunião em um clube com mesas arredondadas, designa o grande conhecimento velado, transmitido por toda a humanidade das mais diversas formas e alegorias. A Távola Redonda aparece principalmente em 3 momentos da jornada dos homens. Primeiramente a mesa de José de Arimatéia, depois a mesa sobre a qual o último Cristo celebrou sua ceia, e a lendária Távola do Rei Arthur. Todas portaram sobre si o vasilhame sagrado, emblema da espiritualidade dos homens e da eterna perseverança em obter uma vida a cada dia mais devota aos bons princípios.

Estes ensinamentos de forma muito singular são legados aos nossos escudeiros, que neste momento vivem um novo fôlego em nossa pátria, fruto do depósito da crença de nosso amado tio Sergio Luis Gonçalves. O próprio Land, entre várias citações expressou que um de seus sonhos era que, “todo capítulo tivesse junto a si uma corte”, tratando-se ao antigo embrião. Hoje temos uma segunda chance da providencia superior, saibamos aproveita-la!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Algum perdido...

Caso algum perdido por aqui ainda não saiba, quase todos os posts atuais estão sendo postados como artigos da série comemorativa dos 25 anos do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil.

www.cnod.org.br

O congresso que entrará pra história como o novo rumo de nossa ordem....

sábado, 5 de junho de 2010

PIMPOLHOS


De todas as nossas Organizações Filiadas e Paralelas a mais nova, e ao mesmo tempo a mais antiga é, podemos dizer, a Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda. Mais nova evidentemente por ser de fato a última a ter sido criada, estruturada e implantada, mas também a mais velha, já que teve seu embrião e ideal de trabalho valorizado antes de qualquer outra. Como isso se deu? Pela “Order of Chivalry”. Devemos lembrar que de inicio a Ordem DeMolay era destinada para jovens do sexo masculino entre os 16 e os 21 anos, constituindo uma faixa etária bem mais restrita com relação a atualidade. Nestes primeiros anos a mente de F.S.L. já se dedicava a providenciar uma estrutura para os meninos que ainda não podiam ingressar na Ordem DeMolay. Deste desejo nasce a idéia de uma ordem associada.
O ideal inicial era o de uma organização aos moldes da cavalaria medieval. Pensando em tudo isto o tio Frank S. Land organizou uma instituição para jovens entre os 13 e os 15 anos, a batizou de “Order of Chivalry” e chamou Frank A. Marshall para que produzisse seu ritual. E assim foi feito. Trabalhos completos foram produzidos em 1927, e sendo apresentados ao International Supreme Council para aprovação, o que recebeu, em Abril de 1928. Duas características nos devem ser especialmente importantes do ponto de vista ideológico e objetivo. Primeiro que esta nova organização reunia seus membros em organismos chamados “courts”, o mesmo nome posteriormente utilizado pelos Lordes Chevaliers. Estas cortes eram patrocinadas tanto pelos Capítulos DeMolay, pelos Capítulos Alumni quanto por qualquer corpo maçônico diretamente; não havia exclusividade de ligação. E segundo, que intrigantemente Dad Land deixou claro que o objetivo desta ordem era sim o de conseguir jovens para a Ordem DeMolay, fazendo dela uma porta direta de captação de membros.
Neste momento Land já comandava uma poderosa força da juventude mundial e começava a distribuir tarefas em certos setores para o melhor andamento da ordem; é neste espírito que ele nomeia o irmão e tio Walter Christian Ploeser, (1903 - 1993) como “Administrador” oficial da recente criação. Nosso Ir. Wally como era conhecido, empenhou-se em instalar alguns organismos e fortalecê-los para que servissem de exemplo. A ordem nasceu também em Kansas City / Missouri, mas podemos destacar o mais forte que chegamos a registrar, situado na cidade de San Antonio / Texas, o W. T. Garven Court nº4, patrocinado pelo capítulo Albert Pike nº58, também reconhecido como um dos mais atuantes capítulos do mundo até hoje. Esta corte foi instituída em 29 de Setembro de 1928, e trabalhou até o final de 1931. O oficial comandante destas cortes recebia o título de “Ilustre Diretor”. Cada corte possuía seu conselho consultivo, formado por um Sênior DeMolay que o presidia, e outros DeMolays Ativos, que eram os conselheiros menores, ou Junior Advisors.
A estrutura já era tão avançada que cada corte contava com 13 oficiais. O Ilustre Diretor, Ilustre Diretor Adjunto, Primeiro Diretor, Segundo Diretor, Condutor, Condutor Assistente, Mestre de Cerimônias, Capelão, Guarda Estandarte, Mestre dos Trompetistas, Guarda Interno da Corte, Guarda Externo da Corte e Guarda dos Registros. Os trabalhos refletiam a constante preocupação de Dad Land com a juventude e o futuro dela. Ali estava ainda outra marca indelével da sagrada passagem: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que cheguem os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer.”, Eclesiastes 12:1.
Em 3 anos haviam sido instaladas apenas 18 cortes e o programa ainda enfrentava muita resistência, tendo seu sucesso comprometido. Em 1931 a ordem foi descontinuada, deixando de receber foco, apoio e interesse. O golpe mortal viria em Março de 1944 com a diminuição para 14 anos da idade mínima de ingresso na Ordem DeMolay. Infelizmente quando nosso 'Brother and Dad' Walter C. Ploeser assumiu como primeiro Sênior Grande Mestre do ISC, em 3 de Março de 1952 já não lhe restava muito a fazer. Morria Assim o sonho de uma organização associada sequencialmente anterior a ordem principal.

* A primeira imagem é do tio W. T. Garven, cujo nome foi homenageado na corte citada no texto.
** A segunda imagem é de Brunett Mason, último Ilustre Diretor da Order of Chivalry em 1931.

Algo Diferente..

Hoje fiz algo diferente, daquilo que nos deixa contente, mas de forma irreverente não se conta... Algo que nos deixa esperançoso, com o mundo nas mãos. Algo que depois só se pode esperar, pra quem sabe poder contar....

RENOIR, PIERRE AUGUSTE



Pierre-Auguste Renoir (Limoges, 25 de fevereiro de 1841 — Cagnes-sur-Mer, 3 de dezembro de 1919) foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes do movimento impressionista.[1]
Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade.
A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu em uma mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados, e seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou Ao Piano, em 1892.

PRIMEIROS ANOS

Renoir nasceu em Limoges em 25 de fevereiro de 1841. Seu pai, Léonard, era alfaiate e sua mãe, Marguerite, costureira. Eram uma família de classe média e em 1844, mudaram-se para Paris para tentar uma vida melhor. Renoir estudou até os 13 anos, depois começou a trabalhar em uma fábrica de porcelana dos Irmãos Lévy onde pintava buquês e flores em artigos de porcelana. Ficou na fábrica até os 17 anos e depois foi trabalhar para M. Gilbert pintando temas religiosos vendidos a missionários e pintou em leques e tecidos que eram mais bem remunerados na época e que lhe permitiu juntar algumas economias.
Em 1862 após juntar dinheiro com seu trabalho, Renoir realiza seu sonho: aos 21 anos muda-se pra Parìs e entra para a École des Beaux-Arts de Paris ("Escola de belas artes"). Entrou também para o ateliê de Charles Gleyre. Assistindo às aulas no ateliê, além de aperfeiçoar a sua técnica, conquistou a amizade de Alfred Sisley, Monet e Bazille, com quem compartilhou dias de muita conversa e teorização em Paris e de árduo trabalho em Argenteuil, pintando ao ar livre.
Em 1863, Renoir abandonou a École des Beaux-Arts e passou a pintar ao ar livre em Fontainebleau. A sua primeira obra A Esmeralda entrou para o Salão em 1864, com ela Renoir conseguiu um certo sucesso. Porém após a exposição, Renoir destruiu-a. Em 1865, Renoir e seus amigos tornaram-se próximos de Manet depois, ele conseguiu uma certa noteriedade após expor as suas obras "Almoço na Relva" e "Olympia".
Com a guerra franco-prussiana, seus amigos pintores dispersaram-se e Renoir passou a se hospedar constantemente na casa do amigo Jules Le Couer. Foi na casa de Le Couer que Renoir conheceu Lise Trèhot que passou a ser sua modelo preferida durante um certo tempo. Entre as obras de destaque que Lise posou estão: "Mulher com a sombrinha" (de 1867), "A jovem Cigana" (de 1868) e seu último quadro como modelo que foi "Mulher com periquito" (de 1871).
Lise com a sombrinha é considerada sua primeira obra de destaque. Lise pousou para a tela em Fontainebleau entre as folhagens de uma floresta. Com um vestido todo branco onde poderia apreciar-se os jogos de luz e sombra. A obra era inspirada em Coubert. Apesar do relativo sucesso da obra na ocasião, Renoir atravessava dificuldades financeiras. Em 1869 morava com Lise, de dezanove anos, na casa de seus pais.
Em 1870, Renoir se alistou na cavalaria para lutar na guerra franco-prussiana, mas deu baixa um ano depois por causa de uma doença. Neste mesmo ano, morreria na guerra seu amigo Bazille

PERÍODO IMPRESSIONISTA

"Numa manhã um de nós já não tinha preto, e assim nasceu o Impressionismo."[1]
— Renoir

Entre 1870 à 1883, Renoir entra em seu período impressionista. Pinta várias paisagens mas suas obras são mais caracterizada ao retratar a vida social urbana.
No salão de 1872, ele expôs a tela "Mulheres parisienses vestidas como Argelinas" no Salão Oficial o que lhe conferiu grande sucesso. No ano seguinte, Renoir alugaria um apartamento em Montmartre onde pintou duas obras famosas: "O camarote" e "A bailarina". Em 1873, junto aos seus amigos impressionistas, Renoir expôs suas obras em um salão alternativo ao Salão Oficial de Paris que foi um fracasso. Neste salão alternativo, Renoir vendeu seu quadro "O camarote" por 425 francos.
No ano de 1875, Renoir vendeu "O passeio" por 1.200 francos. Com o dinheiro ele pode alugar um prédio maior em Montmartre onde ele pintou várias obras. Em 1876, Renoir pintou várias obras famosas: "Nu ao sol", "O balanço" e "Le moulin de la galette". A obra "Le moulin de la galette" foi exposto no terceiro salão alternativo dos impressionistas e trouxe-lhe grande reputação.

PERÍODO SECO

"Por volta de 1883, eu tinha esgotado o Impressionismo e finalmente chegado à conclusão de que não sabia pintar nem desenhar."[1]
— Renoir
Em 1881, Renoir passaria a buscar novas inspirações. Primeiro foi à Argélia depois à Itália. Na Itália, Renoir conheceu os grandes centros: Milão, Roma, Veneza, Nápoles. O que mais lhe impressionou na viagem foi ver de perto as obras de Rafael.
A viagem foi uma inspiração para buscar mais consistência em sua obra tentou tornar-se um artista em grande estilo renascentista. As figuras de suas obras tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da mitologia clássica. O contorno de seus personagens tornaram-se mais precisos, formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias
Além de Rafael, Renoir foi influenciado pela obra de Ingres, pintor neoclássico, que admirava e defendia em debates com os amigos impressionistas
Esse novo período em sua arte, de 1883 a 1887, ficou conhecido como período seco. Nesta nova fase não houve mais espaço para pintura ao ar livre.
Renoir começaria a realizar estudos do qual surgiria uma de suas grandes obras: "As grandes banhistas" que só ficou pronta em 1887

PERÍODO IRIDESCENTE

Chamada pelo pintor de período iridescente, a partir de 1889 Renoir mudaria novamente de estilo. Era uma fase de recuperação da liberdade da juventude. Em 1890, ele pintou "Duas meninas colhendo flores" e "No prado". Passou também a pintar muitos nus e retratos (ainda uma das maiores fontes económicas do pintor).
Em 1894, Renoir teve mais um filho, Jean Renoir, que se tornaria um grande cineasta francês cuja maiores obras seriam A grande Ilusão e A Regra do jogo. Em 1901, Renoir e Aline tiveram mais um filho, Claude, apelidado de Coco.
Em 1903, Renoir ao piorar da artrite mudou-se para Cagnes. Passou a retratar Gabrielle, jovem contratada para servir seus pequenos filhos.
Sentindo cada vez mais dificuldades para segurar os pincéis e acabou tendo que amarrá-los às mãos. Começou também a esculpir, na esperança de poder expressar seu espírito criativo através da modelagem, mas até para isso ele precisou de ajuda, que veio na forma de dois jovens artistas, Richard Gieino e Louis Morel, que trabalhavam segundo suas instruções.
Apesar das graves limitações físicas, Renoir continuou trabalhando até o último dia de sua vida. Em 1908, ele pintou sua versão para "O julgamento de Paris".
Aline morreria em 1915 e Renoir em 1919 aos 78 anos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A GRANDE FAMÍLIA

A nossa grande família é grande mesmo, e tenham todos certeza disto! Em 19 de Fevereiro de 1919 o tio Frank Sherman Land conhece o jovem Louis Gordon Lower, juntamente com os demais fundadores, decidindo por fundar uma espécie de clube; em 24 de Março o grupo tem sua primeira reunião e escolhe o nome de “Conselho DeMolay”. Ainda no mesmo ano o nome muda para o atual, “Ordem DeMolay”. No ano seguinte surge o segundo capítulo, em Omaha, estado de Nebraska. Em 1921 surge a primeira reunião de coordenação da Ordem DeMolay, através de um orgão então conhecido como “Grande Conselho da Ordem DeMolay”, e que passa a chamar-se International Supreme Council pouco tempo depois. No mesmo ano de 1921 a Ordem DeMolay é oficialmente apadrinhada pela Maçonaria, passando a ser um Patrocínio regular.
Como se pode perceber a Ordem DeMolay tem suas próprias raízes, sua própria história, e uma essência de ser e trabalhar totalmente sua, e é portanto uma instituição Soberana, Autônoma e Independente desde o seu início; surgiu pela reunião de jovens e não de maçons, surgiu pelo carinho, afeto e companheirismo mútuo de cidadãos e não de uma instituição. Nascemos livres, e livremente optamos por nos associarmos com a “Maçonaria”, é então legítimo esclarecer que mantemos em nossas mãos o direito de primogenitura igual ao dos povos de comandar nosso destino. Somos livres para escolher com quem nos associamos, e mesmo com quem não mais nos relacionamos, conforme única e exclusivamente a nossa vontade. Uma instituição que nasce sob esta bandeira de liberdade é rapidamente conduzida a uma grande estrutura, e nós não somos exceção.
Desde o início percebeu-se a necessidade de abrir espaços para abrigar não somente jovens em suas reuniões, mas também todo o entorno, suas famílias, amigos, namoradas e círculos sociais. De mesma forma que fomos melhorando os espaços para os próprios jovens demolays trabalharem; foi desta forma que surgiram as tão estimadas e tão pouco valorizadas “Organizações Filiadas e Paralelas”. Já em 1927 surge a “Order of Chivalry”, hoje já extinta. Era o primeiro embrião da participação de jovens com idade inferior a de ingresso em nossa organização. Podemos dizer que eram a primeira versão dos nossos escudeiros. Pela mesma época aparecem os Clubes de Mães. Oriundos de um profundo afeto e respeito preconizado pelos fundadores com relação a figura materna, objetivam uni-las em nosso convívio e mesmo em algumas de nossas atividades.
Percebendo a grandiosidade do valor da família e o intenso interesse são criados e autorizados os Clubes de Namoradas, Pais e Parentes. Congregando também os demais membros da grande família DeMolay. Com o tempo e a constante confusão entre estes dois órgãos houve a autorização para que as mães também integrassem o segundo grupo, unificando a participação dos familiares. Infelizmente ainda persistem as más interpretações nesta temática. Da necessidade de reconhecer esforços dos mais abnegados surge a Legião de Honra, e com a evidente necessidade de concentrar estes exemplos surgem os Preceptórios da Legião de Honra. Nesta mesma linha de raciocínio e necessidade, pouquíssimo tempo depois surge o grau honorífico de Chevalier, e seus organismos conhecidos como Cortes. O ritual deste grau é o primeiro a ser escrito inteiramente sem a participação do tio Frank Arthur Marshall, e o primeiro a reproduzir na integra um texto da bíblia.
Para reavivar o interesse dos “demolays” mais velhos e propiciar um estudo mais aprofundado estruturam-se os “Priories” aqui batizados de Conventos, organismos dos Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay. Ainda pensando nos “demolays” mais velhos, mas com foco no sênior surge a Associação DeMolay Alumni, que tem em sua estrutura os organismos conhecidos como “Capítulos Alumni”, aqui no Brasil também rebatizados e identificados como Colégios.
A ordem tem ainda a figura dos clubes internos de um capítulo, sendo principalmente dois, o Clube Comunitário, que visa reunir os membros que vivem próximos em uma determinada região e focar seus esforços em benefícios especiais daquela população; e o Clube Escolar, que igualmente reúne os membros que convivem em uma mesma instituição de ensino e os compele a empreender atividades em benefício daquela comunidade. Existe ainda o Clube DeMolay de Divulgação, que pode ser criado para iniciar o processo de captação de membros em uma determinada localidade, ele é patrocinado por um capítulo regular, recebendo uma Carta Constitutiva própria, e podendo inclusive vir a tornar-se um capítulo independente, quando em condições.
E para concluir a lista das principais Organizações Filiadas e Paralelas encontramos a Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda, que reúne crianças de 7 à 12 anos incompletos e reúnem-se nos belíssimos organismos denominados Távolas. Bem, este é em resumo o nosso timão, a nossa Grande Família.

terça-feira, 18 de maio de 2010

PENDURICALHOS


Você esta sentado confortavelmente, orando, meditando, contemplando o mundo e a vida. Você esta realizando um dos hábitos mais evoluídos dos homens, e ouve um badalar metálico; se você estiver no campo pode olhar, deve ser uma vaca leiteira passeando com sua sineta no pescoço, mas se você estiver em um dos nossos templos, acredite, provavelmente é algum irmão seu desfilando com um penduricalho no pescoço. Se você olhar bem os dois estarão movendo a boca, a primeira ruminando, o segundo alardeando a todos sobre si. Tristes realidades a parte, vale a pena considerar:
A Ordem DeMolay possui um dos maiores e melhores sistemas de reconhecimento institucional. Possui prêmios, honrarias, medalhas, comendas, pins, colares, certificados e diplomas. Isto foi incentivado desde o início pelo dad Land; ele observou a necessidade de reconhecer os jovens demolays mais dedicados na labuta pela ordem. Assim em uma historinha já conhecida lembrou dos bonés que alguns deles usavam, amarelos com a inscrição “Chevallier”, cuja tradução direta do francês é “Cavaleiro”. Ai surge a maior honra que um demolay ativo pode receber. Para nossa alegria hoje possuímos este célebre artigo ainda amarelinho como os da inspiração de Land. Com o tempo também encontramos um equivalente para o serviço adulto, a nossa agora bem divulgada Legião de Honra, que se subdivide em duas classes, Ativa para os demolay em sua vida como sênior, e Honorária para os maçons envolvidos com a ordem. A Legião de Honra constituí a maior honraria de toda a Ordem DeMolay e não pode ser equiparada.
Mas a organização estruturou melhor essa área e criou diversas outras formas de reconhecimento com diferentes níveis. Surgiram as Barras de Mérito para registrar o envolvimento dos jovens nas diversas área de atividades da Ordem DeMolay, como Jornalismo, Ritual, Esporte, Instalação, Visitação, etc. Este sistema é internamente subdividido em 5 níveis cada qual com uma cor diferente. O mesmo sistema foi aplicado em todas as jurisdições do mundo, afinal este tornou-se o mais utilizado modo de incentivo a aplicação do jovem demolay nas atividades da ordem. Como alguns já sabem o Brasil que esta por aplicar este sistema em breve o fará como único lugar do mundo onde as cores foram abolidas, descaracterizando a mais continuada forma de reconhecimento que possuímos. Ainda assim que sejam bem vindas as barras de mérito!
O Segundo maior modo de reconhecimento é o conhecido pela sigla RD, que significa tão simplesmente REPRESENTANTE DEMOLAY. Sim, exatamente como o nome se refere, trata de fazer de seu portador um representante de todos os princípios e virtudes preconizados pela ordem. Para isto o jovem que se submete a esta avaliação preenche um longo e criterioso formulário que é analisado minunciosamente para verificar a real experimentação de nossos ensinamentos. Outra figura de destaque é a pouco considerada Chave de Zorobabel, instituída para reconhecer a abertura ou reabertura de um organismo da ordem. Deve ser conferida somente a um membro, aquele que foi o principal responsável pela realização; é de certa maneira também um incentivo ao crescimento da organização.
Com finalidade próxima a da Chave de Zorobabel temos as Chaves de Honra, reconhecem o trabalho de crescimento mas no âmbito de membros adquiridos. Azul para cada 10 novos irmãos, Verde para cada 15 novos cavaleiros, Branca e Vermelha para atuações neste sentido dentro do conselho consultivo. Medalha de Apreço pelo serviço relevante de qualquer cidadão membro ou não em benefício da Ordem DeMolay. Certificados de Eficiência de Oficial para todos os cargos da ordem, pela excelência no exercício de suas atribuições. E tantos outros prêmios e honrarias que demonstram a gratidão pelo empenho de nossos construtores.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Estranho??

Você acha que ja viu coisa estranha na ordem? Você acha que tem limite pra insanidade dos jovens demolays? então assista a esse show ....

http://youtube.com/watch?v=jyhleMD6JFk



E acredite, isso pode piorar...

ILUSTRE RITO DA CAVALARIA, À MODA BRASILEIRA E COM BATATAS


No Brasil encontramos uma feliz diferença para com a Ordem DeMolay do restante do mundo, trata-se do já conhecido IRCB, Ilustre Rito da Cavalaria Brasileira. Isto é na verdade a Ordem da Cavalaria estruturada de forma mais ampla tanto em graus, quando em temáticas abordadas e o devido sistema de estudo.
Conseguimos uma ampla linhagem de “graus” na Ordem DeMolay, rituais belíssimos, filosofia singular e especial proximidade com os ritos maçônicos. Nossa Ordem da Cavalaria assumiu corpo a semelhança do Rito de York, enquanto os graus internamente são legitimamente filhos do Rito Escocês. É necessário fazer uma grande ressalva quanto a denominação popular de “novos graus” que foi dada as Ordens de cavalaria introduzidas em nossa estrutura. Estes “graus” que na Ordem da Cavalaria denominamos “Ordens” a exemplo das antigas ordens de cavalaria da idade média, não são novos, na verdade foram escritos na mesma época em que a Ordem da Cavalaria foi instituída.
Na década de 1950 vários rituais foram escritos por demolays estadunidenses, alguns foram divulgados e usados nos corpos. Alguns deles projetados para a Ordem da Cavalaria, eles surgiram especialmente no estado de Ohio. Quando nosso irmão, tio e amigo Alexander Paschoal King Jr; conhecido carinhosamente como “Pat” assumiu o posto de MCE e conduziu um longo trabalho de fortalecimento da instituição. No total existem em torno de 26 graus escritos para a Ordem DeMolay, sendo vários deles praticados com relativo apreço e sucesso em alguns estados. Nos EUA estes “graus” são organizadores e usados conforme a vontade individual de cada convento, não havendo uma organização nacional. Vale lembrar que a Ordem da Cavalaria no geral praticamente morreu no solo daquela nação e é pouquíssimo utilizada no resto mundo, exceto por aqui.
Nós organizamos o IRCB na seguinte forma: Ordem de Cavaleiro, conforme preconizado pelo próprio fundador FSL; Ordem de Cavaleiro da Capela; Ordem de Cavaleiro da Cruz de Salém, Ordem de Cavaleiro Ex-Templário, Ordem do Tableau, Ordem de Cavaleiro da Tríade, Ordem de Cavaleiro do Ébano, Ordem de Cavaleiro de Anon, Ordem de Cavaleiro da Cadência, Ordem de Comendador da Cavalaria, Ordem da Grã-Cruz da Cavalaria e Ordem de Cavaleiro do Manto Prateado. A Ordem de Cavaleiro é a porta de entrada para a Ordem da Cavalaria e sofreu poucas alterações sendo praticado livremente pelos conventos. Até a Ordem do Cavaleiro da Tríade é o que foi chamado de série histórica e de fato lida muito neste sentido. Em seguida temos a série filosófica que engloba as demais ordens até a Ordem de Cavaleiro da Cadência. As três últimas formam a série honorífica, não sendo concedida fora das indicações.
Assim obtivemos uma Ordem da Cavalaria à moda brasileira, unificada nacionalmente o que nos colocou mais uma vez a frente do mundo demolay. Mas não somente fizemos isso. Quando o IRCB foi implantado houveram alterações que infelizmente deturparam muitas de suas características originais. À Ordem de Ex-Templário foram adicionados sinal e palavra de reconhecimento, que originalmente inexistem; esta é uma ordem alegórica limitada. A Ordem do Tableau foi tristemente reduzido a um mini monólogo de apenas 5 minutos, quando na verdade é uma bela re-experimentação da lição central de toda a Ordem DeMolay, teve sua essência perdida e lançado a função de simples acessório.
A Ordem de Cavaleiro da Tríade, conhecida originalmente como “Tableau do Texas” teve sua tradução muito bem aventurada, podemos dizer pela felicidade da amplitude fonética e gramatical de nossa língua portuguesa. Nossa Ordem do Ébano foi suspensa sem necessidade e sua nova versão não correspondeu as expectativas e muito menos aos anúncios que tentaram justificar a sua privação para com os cavaleiros do Brasil. A Ordem de Cavaleiro de Anon praticado atualmente é uma verdadeira vergonha ao estudo e aplicação do ritual, esta sendo transmitido com emblema inexistente e brasão montado de forma errada; foi separado da Ordem de Cavaleiro do Ébano e criou-se ai um vácuo nada benéfico ao processo de desenvolvimento do pensamento crítico que desejamos propiciar aos nossos membros. A Ordem de Cavaleiro da Cadência a pouco surgiu e já foi transformada em objeto de política e teve sua conceituação mística pouco a pouco esquecida; aquela que deveria ser a coroação da caminhada esta sendo desprovida de seus detalhes íntimos que lhe conferem tamanha especialidade.
E para deixar a todos mui felizes, podemos esperar um pouquinho pois até hoje não temos estes rituais plenamente disponíveis, mesmo depois de anos de trabalho, e ainda teremos de ver a todos eles serem lançados em breve mais uma vez alterados de forma arbitrária. Só me resta chamar o garçom e dizer: “Moço, tem batatas no meu feijão”!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Terra Prometida

No Brasil a Ordem da Cavalaria tardaria a chegar, algo que só ocorreu em 1993 na cidade do Rio de Janeiro, em grande parte por esforço, iniciativa e dedicação do nosso amado irmão Max Rodrigues Pereira, então Mestre Conselheiro Estadual do Rio de Janeiro. A proposta de incrementar a Ordem DeMolay brasileira com “graus filosóficos” foi apresentada ao então Grande Mestre Nacional, tio Alberto Mansur. Tão logo houve a aprovação foi escolhido o Supremo Conselho do grau 33 do REAA como corpo patrocinador, mais uma vez aquela augusta casa filosófica abrigava nova ordem e aplicava suas ações não somente nos homens de sua geração mas no futuro.
É notável o envolvimento e a participação do tio Ney Coelho Soares, Grande Lugar-Tenente Comendador daquele supremo conselho. Tio Ney dedicou-se aos preparativos de todos os materiais ritualísticos, e assumiu a missão de introduzir a Ordem da Cavalaria no Brasil como tributo vivo ao fundador Frank Sherman Land, uma vez que o próprio Land produziu o ritual da Ordem de Cavaleiro. A responsabilidade de traduzir os rituais foi entregue ao irmão Cláudio F. A. Magioli Núñez, que foi investido por comunicação realizando os juramentos ainda em inglês, tendo-se incluído ai uma parte especial: “Prometo e Juro que cumprirei a tarefa da tradução fiel dos rituais da Ordem da Cavalaria e da Ordem do Ébano; prometo e juro que empenharei todos os meus esforços na criação e na introdução da Ordem da Cavalaria no Brasil, no mais breve tempo possível, para que todos os demolays sejam regularmente investidos conforme reza a verdadeira tradição dos Nobres Cavaleiros”.
Outros 12 seniores demolays foram autorizados a serem investidos na Ordem da Cavalaria imediatamente para comporem o primeiro convento. Estes Nobres Cavaleiros originais se reuniram e formaram o conhecido convento Sir Percival de Gales nº001; o nome escolhido, por indicação do irmão Armando Mattoso Millem, é uns dos principais personagens a representar os ideais da antiga cavalaria. A todos os demais investidos foi exigido o Teste de Proficiência dos graus Iniciático e DeMolay; isto surgiu como ferramenta de distinguir os que seriam investidos fazendo com que eles direcionassem seus esforços naquela intenção, tornando-os de alguma forma merecedores da honra que é ser um nobre cavaleiro. Por uma feliz decisão isto marcou, de maneira similar, o antigo costume das comendadorias templárias de realizar um longo e exaustivo ritual de preparação as iniciações, ato conhecido como Vigília das Armas, infelizmente este costume caiu rapidamente no esquecimento.
A primeira investidura regular conforme o ritual ocorreu em 4 de Setembro de 1993, sendo a turma formada por mais de 150 irmãos de diversas localidades. O evento ocorreu no templo nobre daquele supremo conselho, local até aquela data sacramente utilizado somente para conferir o grau 33 do REAA. Este evento também foi importante por um viés maçônico, já que naquele templo haviam-se reunido representantes oficiais dos dois supremos conselhos do REAA existentes no Brasil, entidades que encontravam-se em constante conflito e disputa desde de 1927. Ali, em um evento demolay coroava-se a pax das colunas, e podemos dizer, novamente o filosofismo sustentava o seu tabernáculo, pois afinal quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
Ali também surgiu uma de nossas grandes tradições. Originalmente o ritual da Ordem da Cavalaria prevê o uso do malhete para os comendadores, no entanto, por um descuido no transporte dos materiais ritualísticos emprestados por um capítulo este utensilio foi perdido e tudo achava-se pronto quando foi feita a sugestão de que o Ilustre Comendador Cavaleiro a exemplo e semelhança de como aplicado pelo Soberano Grande Comendador usa-se um punhal para esta função, e assim foi feito. Não somente o local, mas também o símbolo do comando nos foi herdado, e que assim saibamos honrar estes princípios por esta terra prometida.

domingo, 25 de abril de 2010

A PONTA DA ESPADA


Mais uma vez a guerra influi na Ordem DeMolay. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos membros da ordem foram enviados aos campos de batalha e participaram dos sangrentos conflitos, especialmente em solo europeu. Ao término da grande guerra alguns destes permaneceram nos países ocupados e estabeleceram novos capítulos, pelo que podemos citar o exemplo do surgimento da ordem na Alemanha que foi justamente assim. No entanto a maioria retornou aos EUA e retomaram suas vidas. Estes demolays que haviam participado da guerra tinham seu interesse de certa forma diminuído pelos trabalhos no capítulo, e em grande parte pelo amadurecimento acelerado que tiveram. Havia a necessidade de algo novo para reascender a chama da ordem nestes jovens. Então tio Frank Sherman Land decidiu que a semelhança da maçonaria era o momento oportuno de criar uma nova estrutura associada a organização.
E assim surge a “Knighthood”, ou a Cavalaria. Surgia a ponte entre o valor militar dos jovens que haviam retornado da guerra e dos antigos cavaleiros da idade média. Land aproveitou o antigo código de fidelidade a Deus e lealdade ao senhor feudal para incorporar os valores de fé em Deus e lealdade a nação, atributos tão evidenciados pelos jovens durante a segunda guerra. Notando o valor de liderança destes demolays mais velhos deixou claro na Ordem da Cavalaria, “nós aceitamos em nossas fileiras apenas aqueles que, pela prática e devoção à causa do bem, lideram em todo campo de empreendimento. Como os cavaleiros do passado, nós nos consagramos à proteção dos fracos e necessitados, dos oprimidos e dos que sofrem, e para construir uma ponte da cavalaria para uma vida melhor”.
Foi desta forma que dad Land decide escrever um novo ritual, conhecido inicialmente como “Parlamento DeMolay – A Ordem da Fidalguia”, e cujo nome “oficial” inicialmente era “Cavaleiros da Cavalaria da Santa Ordem dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay”. Suas unidades foram batizadas como “Priory”. No inicio a Ordem da Cavalaria funcionava a nível capitular, exatamente como eram as lojas capitulares do REAA, que iam do grau de Aprendiz até o 18º (Cavaleiro Rosa Cruz). Assim o convento, ou “priory” tinha o mesmo nome do capítulo. Land iniciou vários jovens na “Ordem da Fidalguia” e percebeu que isto renovava a motivação destes, especialmente nos trabalhos do capítulo, propôs a criação oficial tendo sido aprovada em 1946 pelo ISC; fez assim estruturar a ordem. O primeiro convento foi instituído no capítulo mãe em Kansas City, tendo como membros os chevaliers deste capítulo. O primeiro convento recebeu sua carta constitutiva em 27 de Outubro de 1947, e realizou sua primeira sagração em 10 de Janeiro de 1948.
Land definiu: “Não é um grau honorífico ou prêmio. É um grupo de trabalho engrenado nas atividades que os meninos mais velhos querem e gostam”. Logo no primeiro ano outros 51 capítulos solicitaram cartas constitutivas para instituírem seus conventos. Em Erlanger, Kentucky, de 4 a 7 de Julho de 1974 houve a primeira convocação internacional, consagrando a Ordem da Cavalaria. No entanto, atualmente a Ordem da Cavalaria esta em decadência nos EUA e esquecida pelo mundo, conservando sua força apenas no Brasil e ainda de certa maneira no Paraguay. Existem alguns casos, como o da Pennsylvania onde a “Knighthood” esta oficialmente proibida, tendo sido taxada de grave distração ao programa demolay.
Cavaleiros vós sois a ponta da espada, os primeiros a entrarem em combate e não descansarão até que a vitória seja assegurada. Vós sois o exemplo da ordem, e a linha de frente em qualquer combate, devem estar no centro onde o risco é maior e defenderão seus irmãos mais novos mesmo que com o custo da própria vida, isto é a cavalaria! Cavaleiros permaneçam firmes e que nossas esporas se choquem em cavalgadas futuras.

sábado, 17 de abril de 2010

SOLDADINHOS DE CHUMBO



E lá vem a historinha: Em 1919 foi fundada a Ordem DeMolay, e lá foram iniciados alguns homenzinhos, que fizeram algumas reuniões e assim surgiu nossa instituição. Mas que grupo de jovens exatamente era este que podia integrar nossas fileiras? Jovens, do sexo masculino, de conduta correta e elevada moral, mas e a idade? Á sim, entre 12 e 21 anos. Mas isto terá sido sempre assim? A resposta é NÃO. Hoje a frase: “entre 12 e 21 anos incompletos” é automática quando definimos “demolay” mas nem sempre foi assim. Relembremos que Louis Gordon Lower era um jovem adolescente e não tinha mais 12 anos quando da fundação de nossa organização.
Assim quando nosso amado tio Frank Sherman Land começou a estruturar nossa ordem definiu que dela fariam parte apenas jovens entre os 16 anos completos e os 21 incompletos. E assim foi por muito tempo. Pese que ai é forte a divisão pela faixa etária, que desta forma reunia jovens com os interesses e atividades similares, pois estão na mesma fase de desenvolvimento mental, emocional e no mesmo nível estudantil, bem como em inicio da fase laboral. Dad Land percebeu que jovens da mesma faixa etária interagiam melhor e portanto tendiam a produzir de forma mais espontânea a verdadeira convivência fraternal. Esta definição perdurou por aproximadamente três décadas, sendo alterada por volta da segunda metade dos anos 40; época em que a idade mínima foi diminuída para 14 anos completos. Uma nova alteração é feita na década de 70, diminuindo mais uma vez a idade mínima agora para 13 anos.
A primeira pergunta, por óbvio, é sobre qual o motivo destas alterações, sobre o que teria forçado a Ordem DeMolay a mudar um dos planos originais de seu fundador. A resposta para estas indagações esta nas datas em que estas mudanças foram implementadas. A própria fundação da Ordem DeMolay ocorreu depois de uma série de fatos graves envolvendo os Estados Unidos da América; primeiro o país foi varrido por uma epidemia de Pólio em 1916 e depois por outra de Tifo em 1918, nossa ordem surge poucos meses depois do fim da Primeira Guerra Mundial, até então “A Grande Guerra”. Tudo gera a verdadeira necessidade de reagrupar a juventude, afirmar os valores nacionais e criar a base para uma nova fase de crescimento.
A primeira alteração diminuindo para 14 anos o ingresso ocorre logo depois do término da Segunda Guerra Mundial, que sendo o conflito mais sangrento de toda a história da humanidade manchou todas as sociedades constituídas exigindo delas nova postura. Depois a idade diminui ainda para 13 anos e isto ocorre em consequência do imenso desgaste estadunidense com a guerra do Vietnã; nesta vergonhosa derrota moral perdeu-se uma quantidade imensa de jovens e conjuntamente o sentimento de supremacia perante as demais nações, o que fere o ideário daquele povo. Estas mudanças no meio “demolay” é parte da onda de iniciativas que surgiram para equilibrar os estragos causados pelos conflitos. É um chamado a juventude para que participasse ativamente e formassem as próximas fileiras em defesa daquela nação. Pelas ruas cartazes convocando os jovens profanos ao serviço militar e não é de se duvidar que pelas lojas corressem impressos com nosso tio Land usando seu barrete do Shrine, apontando seu indicador sobre a frase “I want you for DeMolay”.
Em Julho de 1999 registramos nova alteração, e a idade mínima cai para 12 anos. Desta vez sem vinculação com crises externas, mas sim dentro da própria instituição que entrava em declínio aberto nos E.U.A. No Brasil percebe-se esta adaptação na constituição alterada em 10 de Maio de 2000, pela circular 020. E assim a Ordem DeMolay sempre esteve patrioticamente produzindo os soldadinhos de chumbo com os quais os deuses brincam e gostam de chamar de “homens”.
A Ordem da Cavalaria desde sua origem teve como regra a idade mínima de 17 anos, atualmente alguns estados dos EUA aplicam exceções para que um jovem demolay seja sagrado cavaleiro aos 16 anos conforme seus serviços já prestados a organização. A honraria de chevalier que é fixada no mínimo de 19 anos surgiu desta maneira mas teve breve período com a exigência de apenas 17; novamente existem exceções estaduais nos EUA. Algumas alterações também ocorreram para a Legião de Honra. A única fixação etária que permaneceu inalterada é a passagem automática do Sênior aos 21 anos.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Um CARD, um DIPLOMA?



Todo jovem demolay tem ou já teve em suas mãos uma CID, Carteira de identidade DeMolay, ou no caso de alguns demossauros como este que vos escreve, tiveram até o famoso mas raríssimo Demolay Card. Os cards de reconhecimento e regularização tiveram inicio em nossa ordem no mesmo ano de 1919, baseando-se no uso e costume da maçonaria; de mesma forma ocorreu com os diplomas de iniciação.
De inicio a ordem no território dos Estados Unidos da América utilizavam seus Demolay Cards feitos em papel ou papelão; antigamente eram verdadeiras rifas improvisadas, impressas em papéis com dupla face, a frente alguma imagem simbólica que era alternada anualmente e espaço em branco para que fosse adicionado a mão o nome do portador, do capítulo e a assinatura do escrivão. Atrás havia um pequena mensagem informando que aquele determinado capítulo possuía uma carta regular para os seus trabalhos. E a impressão simbólica da assinatura do Secretário Geral, a saber, por longa data cargo ocupado pelo próprio Tio Frank Sherman Land. Seguia-se então nesta mesma face um mini formulário para que o portador preenchesse com seus dados pessoais; o inusitado é que não somente os dados normalmente indicados eram usados como cidade, estado, e assinatura, mas também eram pedidas as medidas de altura, a coloração dos olhos e dos cabelos e o mais peculiar, o tamanho dos pés. Infelizmente é notório que até hoje os EUA usam algo parecido, e ainda em papel.
No Brasil desde o inicio da ordem também usou-se dos Demolay Cards, que eram ainda também em papel, no entanto muito mais simplistas. Quem tinha a sorte de receber o seu tinha em mãos apenas uma tira de papel com um imenso logo do supremo conselho a frente juntamente com seu nome e número de cadastro, e no verso nada de grandioso apenas as datas de iniciação e elevação. Mais tarde as credenciais brasileiras foram rebatizadas como CID, Carteira de Identidade DeMolay, já emitidas em PVC, conservaram o estilo, com um frente simbólica e variável anualmente e um verso bem mais avançado, que conta com o nome do portador, categoria dentro da organização, nome do capítulo, convento, corte, e as datas dos graus, ai já inclusos a Ordem da Cavalaria. Ainda se percebe o número de cadastro visível as datas de emissão e validade, e na lateral um código de barra que um dia se Deus quiser ainda usaremos para alguma coisa. Este modelo é o em vigor em nossa nação e o mais avançado do mundo.
Como na maçonaria a Ordem DeMolay instituiu logo cedo o costume de conferir diplomas certificando a iniciação na ordem, no entanto estes diplomas de membros só eram concedidos quando o irmão recebia o grau DeMolay, atingindo assim sua plenitude como membro da ordem, tendo em si não somente os direitos mas principalmente os deveres de irmão, membro e exemplo de cidadão; este costume-se institucionalizou-se em todas as jurisdições do mundo e permanece assim até hoje. Antigamente os diplomas eram verdadeiras obras de arte, com enunciados belíssimos em letras góticas e figuras celestiais que denotavam a elevação espiritual produzida pelas iniciações de nossa ordem. O Brasil usou um modelo simples e sem nenhum acabamento por muito tempo, baseando-se em um papel branco com algumas linhas. No momento em que vivemos encontramos algumas versões um pouco mais estilizadas, havendo até em algumas a figura de nosso patrono Jacques DeMolay. Cada vez mais tem-se visto versões produzidas pelos próprios capítulos afim de sanar as falhas operacionais na emissão destes no âmbito e responsabilidade do supremo conselho.


Podemos com absoluta certeza dizer que os diplomas e as credenciais são características históricas de nossa organização e que guardam de certo modo nossa existência como testemunhas que nos acompanham a quase um século. O diploma é a certificação oficial do status de membro de um irmão e sua credencial a apresentação formal e comprovação de sua regularidade. Irmão demolay, tenha estes documentos consigo, exija-os e os guarde orgulhosamente.

sábado, 3 de abril de 2010

ANIMÉ TROPICAL



Eis que já se havia fundado a Ordem DeMolay no Brasil, já tínhamos nossos jovens animês vampiros vagando pelos mosaicos quadriculados nacionais; e o que mais caberia a fazer nestas terras? Muitos diriam que nada pois já havia a possibilidade de iniciar os jovens desse país e ensinar-lhes as virtudes de nossa fraternidade. No entanto, houve um feixe de luz sobre as mentes da época para que aqui se firmasse o desejo de soberania alavancado pelo mais legítimo ensinamento demolay de patriotismo. E adivinhem quem surge outra vez senão o nosso “bom velhinho”.
Nosso tio Alberto Mansur em 1984 já havia conduzido uma bem sucedida campanha de apresentação da Ordem DeMolay pelo Brasil, e mais uma vez tinha seus pés na cidade de Boston, oportunidade onde encontrou-se com o então Grande Mestre do International Supreme Council, o tio Don W. Wrigth. Apresentando-lhe o bem sucedido caso da ordem na nossa pátria onde em apenas 5 anos, sendo uma instituição nova e enfrentando o arcaico conservadorismo que não aceitava jovens trabalhando em templos sagrados, já havia logrado o resultado grandioso de 25 capítulos devidamente instalados e trabalhando, a solicitação de tantos outros e o gratificante número de mais de 3 mil jovens em suas fileiras. Era o prenúncio da maravilha que somos hoje.
Foi então na abençoada data de 12 de Abril de 1985, na câmara municipal da cidade do Rio de Janeiro que o tio Don W. Wrigth, GM do I.S.C; acompanhado do Irmão Steven W. Borror então Mestre Conselheiro Internacional entregaram nas mãos do tio Alberto Mansur a carta constitutiva do SUPREMO CONSELHO DA ORDEM DEMOLAY PARA O BRASIL. Na mesma data ainda foi assinado um Tratado de Mútuo Reconhecimento, Confiança e Irmandade. Este tratado estabelece já em sua primeira página que de acordo com a resolução adotada em Sarasota/ Florida, na data de 09 de Maio de 1984, in verbis “... CONSTITUI o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, Supremo Autônomo com Independência e todo o Poder e Autoridade em todos os assuntos pertinentes ao governo da Ordem DeMolay no Brasil e por meio deste RENUNCIA ao dito Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil a própria autoridade do Supremo Conselho Internacional...”.
Então depois dos E.U.A; Austrália, Canadá e Filipinas era o Brasil que conquistava sua posição como supremo conselho, posição soberana de onde passa a dialogar como igual para com as demais nações que haviam conquistado este status. Não mais eramos dependentes das orientações e permissões estrangeiras, mas livres para doutrinar sobre nossos próprios pensamentos enquanto instituição nacional. Passamos a ser soberanos para decidir sobre nossos próprios caminhos e principalmente, alcançamos o posto de reconhecidos e fiéis guardiões do magnifico esforço de investir na juventude, mantendo viva no Brasil a centelha abençoada que o nosso amado tio Frank Sherman Land havia iniciado.
Ao contrário de muitas instituições o inicio de nossas atividades não foi marcado por uma pedra em um canteiro de obras, mas por uma carta, ato dos homens em sua simplicidade diante de deus que foi basilar para que estivéssemos hoje fincando verdadeiros obeliscos na sociedade com o bom exemplo de nossos jovens. E acima de tudo, pelo fato de sermos a mais sincera, a mais filosófica, a mais tradicional, e principalmente a mais fraterna de todas as agremiações juvenis de nossa era, é que podemos dizer inequivocamente que temos todos, ativos e seniores, independente de graus ou honras no mais profundo de nossos seres, encravado em nossos corações o grande bloco sagrado, que não é rocha sólida, mas o altar inviolável onde selamos nossos votos. Lá esta a nossa razão de nos acharmos aqui reunidos. E com orgulho hoje podemos dizer que diante de tudo e todos, nós somos a pedra angular sobre o qual se baseia a ordem, nós somos todos o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil.

sexta-feira, 26 de março de 2010

BENDITAS REVISTAS



A Ordem DeMolay se estabeleceu no Brasil graças aos esforços do maçom Alberto Mansur, que tomou conhecimento da ordem em 1970, através da leitura do “ The New Age – July 1969”, comemorativo do cinquentenário da ordem. Assim bem já assevera o conhecido Wikipédia; pelo menos até ai. Esta viagem de nosso Dad Mansur foi uma das tantas realizadas por ele por encargo de sua posição a frente da maçonaria filosófica brasileira.
Mas o que pouca gente sabe é que outra figura, tão importante quanto já trabalhava pela introdução da Ordem DeMolay no Brasil. Em 13 de Novembro de 1957 era iniciado o querido tio Claudiomar Lopes Barcellos, na loja Fraternidade nº3; oriente de Pelotas/RS. Algumas semanas mais tarde já alimentando-se do conhecimento da biblioteca de sua loja ele depara-se com um exemplar em língua espanhola da revista “Life”, contendo grandioso artigo sobre as organizações paramaçônicas estadounidenses. Assim, exatamente, foi numa edição da “Life” que a ordem foi mostrada ao Brasil.
Estas duas benditas revistas plantaram em duas grandes mentes um firme e grandioso propósito. Em 16 de Dezembro de 1978 estes dois acabaram por encontrarem-se na concessão do grau 33 realizado na Sociedade Leopoldina, na cidade de Porto Alegre/RS; é neste momento que nasce a aliança que tornaria tão exitosa a experiência da Ordem DeMolay no Brasil. Mais tarde estes dois homens em conjunto fariam ainda em uma antiga máquina datilográfica a primeira tradução rápida do ritual demolay para a língua pátria.
Em 1974 era realizada na cidade do Rio de Janeiro/RJ a VII Reunião dos Soberanos Grandes Comendadores das Américas para o R. E. A. A; ocasião onde nosso tio Mansur conheceu pessoalmente o tio George A. Newbury, então Soberano Grande Comendador norte-americano; revelou a este o desejo de trazer para as terras tupiniquins a Ordem DeMolay. Este contato permitiu algumas tratativas iniciais mas ainda tímidas e sem efetividade de fato. Tempos mais tarde no ano de 1979, na cidade de Boston, nosso tio Mansur conheceu o então Grande Mestre do Supremo Conselho Internacional da Ordem DeMolay, o tio C. C. “Budy” Faulkner Jr. Este foi o homem que dotado de grande visão e apoio incondicional a causa demolay autorizou a sua instalação em nossa nação, e em 06 de Março de 1980 nomeava Alberto Mansur como Oficial Executivo da Ordem DeMolay para o Brasil.
Deste ponto em diante foi um salto para termos a concretização de tão árduo trabalho, sendo na data de 16 de Agosto de 1980 a coroação quando da instalação do capítulo Rio de Janeiro nº001, na cidade de mesmo nome, tendo como corpo patrocinador o próprio Supremo Conselho do grau 33 do R. E. A. A; o capítulo máter da América do Sul. Nascia ai, dentro da histórica casa, aquela que já havia sido comandada por Nilo Peçanha, Quintino Bocaiúva, Joaquim Saldanha Marinho, pelo Marechal Manoel Deodoro da Fonseca e tantos outros, a hoje prestigiada Ordem DeMolay brasileira. Herdavam assim a dádiva e o privilégio de poder servir a humanidade com o mais alto serviço altruístico. A repercussão foi tanta que a própria revista “The International DeMolay CORDON”, a revista oficial do International Supreme Council alardeou em seu volume de nº30, em Dezembro de 1980 o grande feito realizado as margens do Atlântico.
A nossa querida e amada Ordem DeMolay cresceu, formou milhares de jovens e começou a influir diretamente na sociedade; assim surgiu o interesse e a curiosidade dentro de nosso país por saber o que de fato faziam estes jovens que conseguiam conciliar toda forma de lazer, os estudos e um tão abnegado serviço filantrópico. Ainda é possível recordar, e citar como exemplo disto a matéria produzida pela jornalista Thaís Ferraz para a revista Época, repleta de ansiedade no desejo de desvendar este mistério chamado Ordem DeMolay. As milhares de linhas escritas nos honram, mas é nossa trajetória que nos faz verdadeiramente dignos dos elogios dos homens de bem.

Matheus R. B. C. De Noronha
Sênior DeMolay

sexta-feira, 19 de março de 2010

"DAD" MANSUR


Aos nos aproximarmos do vigésimo quinto aniversário do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, é justo iniciar as comemorações de nossas Bodas de Prata com a lembrança daquele que de fato tornou tudo isto possível; nosso querido e amado tio Alberto Mansur. Este homem de origem libanesa, portando consigo o sangue fenício do antigo oriente, realizou no Brasil a obra de sua vida, a Ordem DeMolay.
Iniciado na sublime ordem maçônica alcançou o seu grande destino como construtor e obreiro da instituição, sendo reconhecido como maçom dedicado em anos de serviço. Serviu no honrado posto de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito do Brasil, trazendo consigo o inegável e raríssimo equilíbrio entre o tradicional sistema monárquico maçônico quando da manutenção das excelsas tradições, e o luminoso caminho da democracia, ao romper com os paradigmas e convocar pela primeira vez na história eleições para o mais alto posto da maçonaria brasileira.
Este homem vislumbrou uma nova e progressiva forma de construir o mundo, ao perceber que o investimento na juventude é o alicerce mais seguro para garantir um futuro melhor de nossa sociedade. Tomando para si a imensa responsabilidade de introduzir a Ordem DeMolay na nação do Brasil, interferiu diretamente no destino dos homens como poucos o fizeram em tão breve passagem por este plano de provas terrenas. Não deteve-se apenas ao inicio como preconizou o amado tio Land, mas foi além, desenvolvendo nesta terra auri-verde aquela que legitimamente por seus esforços tornou-se a maior organização de jovens do mundo.
Teve atuação vital de igual forma na introdução em nossa pátria, da Ordem Internacional das Filhas de Jó e da Ordem da Estrela do Oriente. Com isto não somente era exemplo de cidadão mas punha na prática os ideais iniciáticos; ora, haveria melhor altar as virtudes do que o coração humano? E melhor forma de condenar ao fosso as vicissitudes e a imoralidade, dando a cada ser humano a possibilidade de alimentar dentro de si a divina centelha que arde como testemunha de nossa natureza espiritual? Não se fazia apenas um beneficio para a maçonaria, mas dava-lhe novamente um sentido de existência, ora pois, a verdadeira maçonaria não é aquela dos belos trajes e templos cintilantes recobertos de riquezas, dedicada apenas a especular e a regurgitar seus títulos, mas a dedicada a operar de fato em seu meio e ser o método de transformação do ser filho de Deus e por consequência do todo.
Filho, irmão, marido e pai. Grande estudioso, comerciante, dedicou-se a inúmeras atuações em sua vida e fez dela um exemplo. Como todos os verdadeiramente grandes homens, não nasceu grande, mas fez-se grande pelo esforço e dedicação a causa do bem. Os homens de valor não são medidos apenas pelo número de amigos, mas de forma peculiar pelos seus inimigos que surgem naturalmente na defesa sólida de seus valores pessoais. Este nome controverso dentre muitos círculos é apenas um exemplo disto.
Hoje quando vemos a Ordem DeMolay brasileira, a maior e mais forte jurisdição do mundo, temos a certeza de que ela é o robusto Cedro plantado por nosso amado Dad Mansur, cujos jovens de suas fileiras, que encerram em seus lábios o mesmo antigo votum, serão eternamente as raízes e galhos da maravilhosa obra divina, aquela que a mais de 800 anos já era defendida por uma bandeira alva e rubra. Assim estava escrito, Maktub !
Tio Mansur, seu nome ecoará na eternidade, não pelos livros, mas em nossos corações.

Matheus R. B. C. De Noronha
Sênior DeMolay – CID 40942